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    Suzane Von Richthofen diz que abre mão da herança deixada pelos pais

    DO UOL

    13/10/2014 10h31

    Um documento obtido pelo "Fantástico", da Rede Globo, diz que Suzane Von Richthofen, 30, procurou recentemente uma juíza para informar que abre mão da herança dos pais, Marísia e Manfred, assassinados em 2002.
    A jovem está na Penitenciária de Tremembé (SP), e foi condenada a 39 anos de prisão por mandar matá-los.

    As afirmações de Suzane contradizem um pedido feito em fevereiro deste ano para que recebesse pensão alimentícia do espólio dos pais. O pedido foi negado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).

    Tuca Vieira - 29.jun.2005/Folhapress
    Suzane Von Richthofen diz que abre mão da herança deixada pelos pais
    Suzane Von Richthofen diz que abre mão da herança deixada pelos pais

    Ela já havia sido considerada pela Justiça indigna de receber a herança dos pais, avaliada em mais de R$ 3 milhões.

    No documento, Suzane também pediu o afastamento de seu advogado, Denivaldo Barni, "por não se sentir segura" com seu trabalho. Ela ainda solicitou que ele seja proibido de visitá-la.

    A jovem também afirmou que tem interesse em ver o irmão, Andreas Von Richthofen, que não fala com ela.

    RELEMBRE O CASO

    Segundo a versão da polícia e da acusação, Manfred e Marísia von Richthofen foram assassinados no dia 31 de outubro de 2002, quando dormiam em sua casa, no bairro do Brooklin (zona sul de São Paulo).

    Suzane, seu namorado na época, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Cristian Cravinhos, entraram na casa em silêncio. Os irmãos subiram as escadas com Suzane, que os avisou que os pais dormiam. Então, os irmãos desferiram golpes de barra de ferro contra Manfred e Marísia. Após matarem o casal, os dois cobriram os corpos com uma toalha molhada e sacos plásticos.

    A biblioteca foi desarrumada para simular um latrocínio. Também foram levados cerca de US$ 5.000, R$ 8.000 e joias do casal. O dinheiro ficou com Cristian, que acabou usando uma parte do montante para comprar uma moto.

    Ao deixarem o local do crime, Daniel e Suzane seguiram para um motel em São Paulo, enquanto Cristian foi a um hospital para visitar um amigo. Depois de algum tempo, Daniel e Suzane foram ao encontro de Andreas von Richthofen, irmão da jovem, que havia sido deixado por Daniel em um cibercafé. Chegaram em casa, e então Suzane ligou para a polícia informando do crime.

    No decorrer das investigações, a delegada responsável pelo inquérito, Cíntia Tucunduva, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), suspeitou do comportamento de Suzane e Daniel, que protagonizavam cenas de amor mesmo diante da tragédia, de acordo com a delegada. No dia 8 de novembro de 2002, Suzane e os irmãos Cravinhos confessaram, em interrogatório à delegada, o assassinato do casal Richthofen.

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