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    Contra trânsito, Prefeitura de SP testa entrega à noite no centro expandido

    FELIPE SOUZA
    DE SÃO PAULO

    14/10/2014 02h00

    Na tentativa de reduzir congestionamentos em São Paulo, o prefeito Fernando Haddad (PT) iniciou nesta segunda (13) um teste para que caminhões façam entregas à noite em comércios.

    A intenção é aproveitar o horário em que as principais vias do centro expandido, como a marginal Tietê, a avenida Marquês de São Vicente e a avenida Pacaembu, por exemplo, estão mais vazias.

    Segundo estimativa da prefeitura, nessa região circulam 40% dos veículos de grande porte da cidade.

    Ronny Santos/Folhapress
    Caminhões fazem descarga de produtos na rua Cotoxó no bairro Vila Pompeia
    Caminhões fazem descarga de produtos na rua Cotoxó no bairro Vila Pompeia

    O teste será feito com 18 empresas por três meses, das 21h às 5h. Serão analisados o nível de ruído -principalmente em áreas residenciais-, a segurança, o custo e a produtividade das empresas.

    A decisão, porém, já preocupa moradores das regiões escolhidas para o teste.

    "A prefeitura está querendo resolver um problema deles criando um para a gente", diz o analista de sistemas Leonardo Alfonso Ramos, 26, que mora em frente a um supermercado em Perdizes que faz parte do experimento.

    A assessora de imprensa Débora de Carvalho Vicari, 35, mora na mesma região e lembra de um sacolão que recebia entregas de madrugada.

    "Eu acordava às 4h com gritos de palavrões, barulho dos caminhões e quebra-quebra. Eu tenho uma filha de 2 anos e vou me mudar se isso for definitivo", afirma.

    De acordo com a prefeitura, a medida vem sendo estudada desde 2013, em conjunto com a Polícia Militar, as empresas e a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

    A administração usa como exemplo projeto semelhante de Nova Iorque (EUA). Lá, a operação é feita com três grandes empresas e 35 comércios.

    O diretor da DSV (Departamento de Serviços Viários), Roberto Vitorino dos Santos, disse que o teste servirá para corrigir possíveis falhas antes de ser ampliado.

    "Sabemos que o impacto vai gerar algum problema e queremos saber qual é. Assim, saberemos se é viável ou não fazer em toda a cidade."

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