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    Após tempestade de granizo, Lages decreta estado de calamidade pública

    MARTHA ALVES
    DE SÃO PAULO

    14/10/2014 05h44

    A prefeitura de Lages (228 km de Florianópolis) decretou calamidade pública após uma forte tempestade de granizo atingir a cidade na tarde de segunda-feira (13).

    Mais de 5.000 pessoas buscaram ajuda da Defesa Civil municipal, mas a prefeitura estima que cerca de 80 mil tenham sido afetadas pela tempestade, que durou cerca de dez minutos.

    O granizo danificou casas, escolas, hospitais, órgãos públicos, universidades, carros, ginásios de esporte, lojas e creches. Os abrigos comunitários utilizados para receber desalojados em situações de emergência também foram danificados pelas grandes pedras de gelo. "Menos da metade da cidade permaneceu intacta", disse o prefeito Elizeu Mattos (PMDB).

    A unidade de pronto atendimento municipal Tito Bianchini foi interditada devido a danos provocados pelo fenômeno climático. Os pacientes que esperavam atendimento médico foram transferidos em caráter de emergência aos hospitais Tereza Ramos e Nossa Senhora dos Prazeres.

    A Secretaria de Saúde informou que as equipes profissionais, equipamentos e medicamentos foram levados ao departamento de saúde do 10º Batalhão de Engenharia de Construção do Exército.

    As aulas nas redes municipal e estadual de ensino foram suspensas até a próxima sexta-feira (17) para que equipes da prefeitura e do governo estadual realizem reparos. Cerca de 30 escolas foram danificadas pela tempestade, de acordo com levantamento da Secretaria de Educação.

    Na manhã desta terça-feira (14), o governador Raimundo Colombo (PSD) e o prefeito de Lages se reúnem com representantes de várias instituições para avaliar os prejuízos e definir as medidas emergenciais conjuntas que serão adotadas.

    Fábio Ramos/Divulgação/SDR Lages
    Estragos causados pelo granizo que atingiu Lages na tarde de segunda-feira
    Estragos causados pelo granizo que atingiu Lages na tarde de segunda-feira

    AJUDA

    Durante a noite, moradores ainda formavam filas em busca de ajuda em um posto de atendimento da Defesa Civil montado no terminal rodoviário Dom Honorato Piazera. Eles esperavam para se cadastrar e receber lonas, telhas, colchões e cestas básicas.

    Ao menos 70 rolos de lona, de 800 metros cada, foram distribuídos para as famílias, mas o número não foi suficiente para atender a todos os afetados. Segundo o secretário-executivo da Defesa Civil, Adilson Panek, novas remessas estão chegando para suprir a necessidade.

    "Pedimos à população que tenha calma e que esteja preparada para apanhar as lonas na sede da Defesa Civil, pois não teremos condições de entregá-las a cada família. Devemos agilizar os nossos procedimentos", disse Panek.

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