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    Mais dois agentes são libertados em rebelião no PR; dez ainda são reféns

    DE SÃO PAULO

    14/10/2014 20h20

    Mais dois agentes penitenciários foram libertados nesta terça-feira (14) pelos presos que se rebelaram na manhã de segunda (13) na Penitenciária Industrial de Guarapuava (a 252 km de Curitiba). Apesar disso, outros dez funcionários continuam sendo mantidos reféns há mais de 33 horas.

    Segundo a Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná, responsável pelos presídios, os presos pedem, entre outras coisas, transferência para outros Estados, pedido que ainda está sendo analisado.

    A rebelião começou por volta das 11h, quando 13 agentes penitenciários e alguns presos foram feitos reféns. Alguns chegaram a ser agredido e ameaçados no telhado na unidade. Alguns presos chegaram a ser pendurados no telhado pelos pés.

    José Luiz/Guara Noticias
    Presos fazem agentes reféns em rebelião que começou nesta segunda-feira (13) em Guarapuava (PR)
    Presos fazem agentes reféns em rebelião que começou nesta segunda-feira (13) em Guarapuava (PR)

    Um agente foi liberado ainda na segunda-feira após ter tido cerca de 20% do corpo queimado com produto químico, afirmou o sindicato da categoria. Além dos agentes, 13 presos também se feriram ao serem jogados ou pularem do telhado. A secretaria não soube informar quantos ainda estão internados.

    A penitenciária abriga 239 homens, com capacidade para 240 vagas. Metade do presídio não participou da ação, em uma ala separada. Já os demais queimaram colchões e se espalharam por um pátio.

    Esta é a primeira rebelião da penitenciária, criada há 15 anos. A unidade não abriga presos de alta periculosidade e oferece possibilidade de trabalho –há oito empresas instaladas no local, para produção de botas e móveis de escritório, entre outras.

    OUTROS CASOS

    Em 17 de setembro, uma rebelião no presídio de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, também durou em torno de 30 horas. Cinco dias antes, o local já tinha passado por um motim dedurou 25 horas. Nos dois casos, os agentes penitenciários rendidos foram libertados sem ferimentos.

    Em agosto, uma rebelião terminou com cinco presos mortos na penitenciária de Cascavel, também no Paraná. O presídio foi parcialmente destruído e 800 detentos tiveram de ser transferidos. Na época, a secretaria disse que o grande porte dos presídios como os de Cascavel, Cruzeiro do Oeste e de Piraquara é um fator que gera complexidade no controle de rebeliões.

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