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    Operação da PF contra pornografia infantil prende 51 em 18 Estados

    FELIPE BÄCHTOLD
    DE PORTO ALEGRE

    15/10/2014 17h07

    A Polícia Federal prendeu 51 pessoas nesta quarta-feira (15) em uma operação contra a disseminação de pornografia infantil na internet.

    A operação, chamada de "Darknet", foi deflagrada em 18 Estados e no Distrito Federal e apura o uso de mecanismos que ocultam a identificação dos computadores para facilitar a prática de crimes.

    O Estado de São Paulo foi o que teve a maior quantidade de presos (12). Segundo a Superintendência da PF no Rio Grande do Sul, responsável pela investigação, é a ação contra pornografia infantil com o maior número de prisões da corporação. Foram detidas em flagrante 45 pessoas.

    A investigação também identificou, segundo a polícia, 11 suspeitos de armazenar e compartilhar material desse tipo no exterior, em países como México, Colômbia e Itália.

    Editoria de Arte/Folhapress

    De acordo com a PF, é a primeira vez que se consegue investigar no Brasil crimes na "internet profunda", chamada de "deep web". Os dados desse tipo de rede só são acessados por quem tem conhecimentos na área e dificilmente são descobertos porque não são catalogados como sites convencionais.

    "À medida que se vai a ambientes mais restritos da 'deep web', onde se consegue mais anonimato, as perversões aumentam, são mais explícitas", diz o agente da PF Luiz Walmocyr, que participou da operação.

    A apuração dos crimes começou há um ano. Segundo a PF, além dos 51 presos, outras quatro pessoas foram detidas anteriormente em Minas Gerais, São Paulo e Goiás.

    Essas detenções foram antecipadas, diz a polícia, porque havia crianças sob risco iminente de estupro. Seis crianças foram resgatadas.

    O caso que mais chamou a atenção dos policiais foi o de um homem em Minas que disse, na internet, que iria abusar da filha que ainda não havia nem nascido.

    Os policiais afirmam que os presos são homens dos mais diversos perfis. Entre os detidos, há um militar, um agente penitenciário, um seminarista e empresários. Os nomes não foram informados.

    "Foram identificados mais de 90 usuários da 'deep web' que compartilhavam material de pornografia infantil. E tudo indica que a grande maioria também era abusador de crianças", disse o superintendente da PF no Rio Grande do Sul, Sandro Caron.

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