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    Crise da água

    Alckmin nega estar tirando mais água do que o permitido do Cantareira

    GUSTAVO URIBE
    DE SÃO PAULO

    16/10/2014 13h03

    O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, acusou nesta quinta-feira (16) a ANA (Agência Nacional de Águas) de recorrer a um "tecnicismo" ao afirmar que a administração estadual descumpriu o limite de retirada de água autorizado para o sistema Cantareira.

    Segundo o tucano, "não é verdade" que o governo de São Paulo avançou sem permissão sobre a segunda cota do chamado volume morto, cuja utilização ainda não foi autorizada.

    "Não é verdade. Se nós temos ainda 40 bilhões de litros de água da primeira reserva técnica, por que entrar na segunda? Não faz sentido, é um tecnicismo. São questões técnicas que não devem ser judicializadas. É um grande equívoco isso", disse.

    De acordo com a agência federal que regula o uso da água, a represa Atibainha, em Nazaré Paulista, está abaixo do limite de captação. A reserva abaixo deste ponto já é considerada a segunda parte do volume morto.

    O governador reconheceu que, caso não chova, a primeira cota do volume morto poderá acabar no mês de novembro. Ele reclamou que as declarações feitas na quarta-feira (15) pela presidente da Sabesp, Dilma Pena, foram "deturpadas" pela imprensa, em depoimento à Câmara Municipal.

    "Foi deturpada a informação dela, desinformado a população", criticou. "Ela disse que se não chover nada, mas não vai acabar a água. Vai acabar uma reserva técnica, se acabar, e há ainda uma segunda reserva técnica, que é muito maior", disse.

    O tucano informou que o governo estadual recorreu na quarta-feira (15) de liminar da 3° Vara Federal, em Piracicaba, a qual ordenou que o governo paulista garanta que a primeira cota do volume morto dure até o final de novembro.

    Durante entrevista no Palácio dos Bandeirantes, o tucano também anunciou que pretende criar um novo bônus para dar mais descontos para quem economiza água.

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