A falta de água também atinge com intensidade cidades do interior do Estado.

Em Campinas (a 93 km de SP), a crise de desabastecimento há uma semana afeta mais de 20% da população.

Nos últimos dias, moradores da cidade vinham recorrendo a uma bica próxima a uma rodovia em Itupeva (a 73 km da capital). A água que sai ali, porém, não é tratada nem apropriada para o consumo.

A Prefeitura de Itupeva e o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) desaconselham o seu consumo.

"O DER não aconselha o consumo da água vinda da bica natural", informou o departamento, em nota. "Nesta quinta (16), uma placa com a informação será implantada no local."

Segundo a Prefeitura de Itupeva, a água não é tratada e não é possível atestar sobre a sua qualidade.

RETIRADA ILEGAL

Agentes do Gapa (Grupo de Ações Preventivas), da Guarda Municipal de Vinhedo (a 79 km de São Paulo), fizeram um caminhão-pipa devolver a água retirada ilegalmente da lagoa do Foga, próxima à rodovia Miguel Melhado, nesta quinta (16). O motorista do veículo não foi detido.

Sem água suficiente para abastecer a cidade, as autoridades de Franca agora apelam para a água de poços de postos de combustíveis.

O diretor distrital da Sabesp, Rui Engracia, nega racionamento, mas desde terça (14) passou a divulgar listas dos bairros onde deve faltar água no dia.

Nesta sexta (17), ao menos 53 bairros devem ser atingidos, segundo a Sabesp. Na quinta (16), foram 64.

A empresa usa caminhões-pipa e carretas que captam água de lagoas e represas particulares e municipais.

Nesta quinta, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que há a possibilidade de o bônus por redução de consumo ser adotado em Franca. A Sabesp não confirmou.

Em Barretos (a 423 km de SP), a prefeitura anunciou que começará racionamento de água na próxima semana. A partir desta quinta, o município também começou a aplicar multas de R$ 264,80 por desperdício. Outras 14 cidades da região de Ribeirão Preto estão em racionamento.