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    Crise da água

    Com bônus pela economia de água, tarifa pode subir acima da inflação

    BERNARDO MELLO FRANCO
    CÁTIA SEABRA
    DE SÃO PAULO

    17/10/2014 02h00

    Com um rombo de RS 1,3 bilhão nas contas da Sabesp, a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) estuda repassar esse prejuízo, causado pelo bônus por economia de água iniciado em março, ao consumidor.

    Integrante do conselho da Sabesp, o ex-governador Alberto Goldman (PSDB) afirma que a ideia foi discutida com o secretário de Recursos Hídricos, Mauro Arce, que, segundo ele, admite a hipótese de aumentar a tarifa em 2% acima da inflação. O reajuste será no mês que vem.

    Goldman relatou outra possibilidade após sair de uma reunião com Arce na terça (14) –a de obter empréstimo no exterior. "Deve ser uma operação casada: aumento e empréstimo."

    Outra opção seria o governo assumir a conta. Mas não há previsão no Orçamento. "Não há um centavo para a Sabesp. Ela é uma empresa. Tem que arranjar os recursos", afirmou o secretário da Fazenda, Andrea Calabi.

    Assessor especial do governador, o secretário José Carlos Meirelles reconhece que esse é um problema: "Alguma hora temos que pagar essa conta. Mas, neste momento, é evitar a falta de água".

    Com o agravamento da crise, as ações da Sabesp na Bolsa fecharam nesta quinta (16) com um valor 18% menor do que um ano atrás –preço mais baixo em 12 meses. Elas oscilaram no período e passaram a cair em julho.

    A Sabesp não se manifestou sobre o reajuste. Sobre a queda na Bolsa, disse que não iria "se pronunciar sobre as flutuações do mercado de ações".

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