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    Crise da água

    Prefeitura, Câmara e Assembleia não atingem meta de economia de água

    ANDRÉ MONTEIRO
    ARTUR RODRIGUES
    EDUARDO GERAQUE
    DE SÃO PAULO

    21/10/2014 02h00

    Em plena crise hídrica, órgãos como Prefeitura de São Paulo, Câmara Municipal e Assembleia Legislativa não vêm conseguindo atingir a meta de redução de consumo de água criada pela Sabesp.

    O bônus de 30% na conta é dado aos consumidores que conseguem economizar 20%.

    Em alguns casos, como no Palácio 9 de Julho, sede da Assembleia, houve aumento. O consumo médio de janeiro a setembro foi 18% maior do que o verificado em 2013.

    Já a Câmara teve gasto médio de água 25% superior à meta entre março e agosto.

    A Casa só recebeu o bônus em junho, mês em que o funcionamento foi alterado por causa da Copa, e julho, durante o recesso parlamentar.

    Editoria de Arte/Folhapress

    O Edifício Matarazzo, sede da prefeitura, manteve o padrão de consumo –só conseguiu reduzir o gasto médio de água em 4% neste ano.

    O Palácio da Justiça, sede do Tribunal de Justiça, também não tem conseguido reduções contínuas. Em março, por exemplo, aumentou 95% em relação ao mês anterior. Em setembro, houve redução do uso de água de 17%.

    O Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, não atingiria o bônus em março. No entanto, por ser abastecido pelo sistema Guarapiranga, foi incluído no programa em abril e, desde então, vem atingindo a meta.

    Em setembro houve aumento de 6% no consumo se comparado ao mês anterior, mas ainda dentro da meta.

    OUTRO LADO

    A Assembleia diz que o aumento do consumo de água neste ano ocorreu devido a reformas e à "recepção de grandes eventos, como convenções partidárias".

    Afirma, porém, que anos antes da crise criou um programa de economia que foi responsável por queda de 21% no gasto de 2011 a 2013.

    A Câmara diz que "não faz racionamento" e é aberta ao público. Também afirma que houve redução de 14% no período de março a agosto deste ano comparado com as mesmas datas de 2013 –índice abaixo da meta de 20%.

    A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) justifica o gasto maior de água no Palácio dos Bandeirantes em setembro devido ao maior número de dias úteis e de eventos no mês, se comparados com agosto.

    O Tribunal de Justiça diz que suspendeu limpezas com água corrente e pediu atitudes "rigorosas" dos funcionários.

    A prefeitura não informou suas ações para a economia de água

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