Apressadas, milhares de pessoas percorrem diariamente as ruas do centro de São Paulo, mas poucas conhecem as histórias que correm embaixo de seus pés.

Com a intenção de fazer os paulistanos refletirem sobre o uso consciente da água e conhecer os rios escondidos sob o asfalto, cinco artistas expõem um conjunto de obras relacionadas à crise hídrica.

A exposição Rios e Ruas, em Pinheiros, zona oeste, revela a situação da rede hidrográfica da capital e o impacto negativo que práticas cotidianas, como a poluição e descarte irregular de lixo, podem causar a longo prazo na natureza.

Para destacar a importância dos rios e córregos da capital paulista, um mapa interativo exibe os 300 principais cursos de água da cidade.

A intenção é mostrar o potencial hídrico da cidade e o quanto ele poderia favorecer a população caso fosse usado.

	Moacyr Lopes Junior/Folhapress
	Obra de Paulo Von Poser na mostra Rios e Ruas, que acontece em Pinheiros (zona oeste)

A obra mais conhecida é "Trampolim", de Eduardo Srur, que ficou exposta em uma ponte do rio Pinheiros. Trata-se de um homem com trajes de banho à beira de um trampolim, se preparando para um salto.

O artista disse que vai concretizar o mergulho do boneco por 30 dias no rio. A intenção é "revelar as consequências" causadas pela poluição.

A mostra na praça Victor Civita, e vai até 30 de novembro. Está aberta para visitas todos os dias, das 8h às 18h, na rua Sumidouro, 580.

A partir do dia 16 de novembro visitantes poderão fazer três passeios para conhecer os principais rios da cidade. Um deles sairá do parque Ecológico do Tietê (zona leste), outro do Zoológico (zona sul) e o último do centro histórico.

Na três datas haverá a opção de fazer um passeio monitorado de 3 km ou uma corrida de 5 km. Os interessados devem fazer a inscrição pelo site www.mostrarioseruas.com.br e pagar a taxa de inscrição, que varia de acordo com a modalidade.