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    Polícia detém suspeitos de incêndio que matou motorista de ônibus em SP

    CÉSAR ROSATI
    MARTHA ALVES
    DE SÃO PAULO

    24/10/2014 06h17

    A Polícia Civil deteve três suspeitos de terem participado do ataque a um ônibus no último sábado (18), na Vila Jaraguá, na zona norte de São Paulo. O motorista do coletivo, John Carlos Brandão, teve mais de 70% do corpo queimado e morreu na noite de quarta-feira (22).

    Lucas Mateus da Silva, 18, Juan Diego Garcia, 19, e Marcos Vinícius Oliveira Silva, 22, são apontados pela polícia como sendo os principais suspeitos de liderar o grupo que colocou fogo no coletivo no último sábado (18). Um outro suspeito chegou a ser detido, mas foi liberado por falta de provas.

    "Nós fizemos várias investigações de campo e numa dessas entramos em contato com moradores e comerciante e conseguimos informações sigilosas que possibilitaram a prisão do trio", disse o delegado do 46º DP (Perus) Pietro Antônio Minichilo Araújo. De acordo com ele, Juan Diego Garcia é o mentor do crime.

    Em depoimento, os presos relataram que colocaram fogo no ônibus como forma de protesto contra a morte de Tiago Silva Santos. Segundo o delegado, ele morreu após tentar roubar um policial militar aposentado.

    Segundo a polícia, Lucas Mateus da Silva é filho de um motorista de ônibus – os detalhes da família do suspeito, não foram revelados.

    O trio preso irá responder pelos crimes de homicídio, associação criminosa e corrupção de menores. A polícia ainda suspeita de outros três adolescentes e um maior, que estão foragidos.

    O CRIME

    O incêndio ocorreu na estrada Turística do Jaraguá, após o veículo ter sido parado por um grupo de oito pessoas, que atearam fogo ao ônibus. O veículo fazia a linha (Jaraguá-Vila Madalena) e teve perda total, segundo a SPTrans. A polícia não soube informar a razão do ataque.

    Após a morte de Brandão, um grupo de motoristas e cobradores de ônibus fizeram um protesto, na tarde desta quinta, fechando quatro terminais da capital paulista por cerca de uma hora. Foram fechados os terminais Lapa, Cachoeirinha, Pirituba e Casa Verde. Não houve nenhum registro de tumulto durante o ato.

    A Secretaria de Segurança Pública afirmou que as investigações de casos de ataques a ônibus têm sido intensificadas e já resultaram na identificação de 140 autores, dos quais 78 foram presos no Estado de São Paulo até o mês de junho. Segundo a SPTrans, 114 ônibus foram incendiados desde janeiro e 759 foram depredados.

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