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    Ônibus atropela e mata ciclista na avenida Paulista no centro de SP

    CÉSAR ROSATI
    REGIANE TEIXEIRA
    DE SÃO PAULO

    27/10/2014 15h11

    Renato S. Cerqueira/Futura Press/Folhapress
    Ciclista é atropelado por ônibus no cruzamento da Avenida Paulista com Brigadeiro Luís Antônio, em SP
    Ciclista é atropelado por ônibus no cruzamento da Avenida Paulista com Brigadeiro Luís Antônio, em SP

    O ciclista que foi atropelado por um ônibus no cruzamento as avenidas Paulista e Brigadeiro Luís Antônio, no centro de São Paulo, morreu na tarde desta segunda-feira. Marlon Moreira de Castro, 35, trabalhava em uma empresa de delivery que confirmou sua morte.

    Segundo informações de testemunhas, o ônibus seguia pela Brigadeiro Luís Antônio no sentido Ibirapuera quando o ciclista, que vinha na direção contrária, tentou fazer a conversão para a avenida Paulista, no sentido Consolação. A bicicleta ficou embaixo do coletivo completamente retorcida.

    Um soldado da Polícia Militar que atendeu a ocorrência disse que as pessoas ouvidas por ele relataram que o ônibus seguia corretamente pelo corredor e que o ciclista não teve condições de desviar, pois já estava muito próximo e na contramão.

    As causas do acidente ainda serão apuradas pela polícia. Imagens de câmeras de segurança foram entregues e poderão ajudar na investigação.

    Lucinete dos Santos Almeida, 33, distribuía panfletos próximo ao local do acidente. "Foi uma batida forte. Vi ele caído, mas não me aproximei. O socorro e a polícia chegaram rápido", disse.

    Castro chegou a ser encaminhado para o Hospital das Clínicas. Ele deu entrada no centro médico com vida, porém não resistiu aos ferimentos e morreu.

    O ciclista morava em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, e trabalhava com entregas há cerca de três anos. Amigos souberam do acidente por meio de mensagens e foram até o local.

    Reprodução/Facebook
    Marlon Moreira de Castro, 35, morreu atropelado por um ônibus
    Marlon Moreira de Castro, 35, morreu atropelado

    "Ele era um um ciclista experiente e não tinha sofrido nenhum outro acidente grave", disse o ciclista Guilherme Atra, 31, que também já trabalhou com entregas.

    Segundo André Leme, 46, técnico de TI, Marlon queria mudar de profissão. "Para ele, trabalhar de bicicleta era algo transitório", diz. "Ele era muito alegre, gostava de samba e de viajar para outras cidades de 'bike'."

    De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), o acidente complicou o trânsito na região da avenida Paulista. Duas faixas nos dois sentidos da via precisaram ser interditadas.

    Avenidas como Rebouças, Doutor Arnaldo, Bernardino de Campos, Vergueiro e a própria Paulista tiveram longos congestionamentos no começo da tarde. Segundo a CET, o local do acidente foi liberado por volta das 15h30.

    OUTROS CASOS

    Em 2012, a bióloga Juliana Dias, 33, morreu no cruzamento da avenida Paulista com rua Pamplona. Segundo testemunhas, ela pedalava na segunda faixa à esquerda da calçada da Paulista, no sentido Consolação, e caiu quando tentou desviar de um ônibus.

    Já em 2013, também na Paulista, o ciclista David Santos Sousa, 21, foi atropelado por um carro quando trafegava pela ciclofaixa de domingo. Com a batida, ele teve o braço decepado.

    CICLOVIA

    A Prefeitura de São Paulo estuda a construção de uma ciclovia na avenida Paulista a partir de 2015. Com o custo de R$ 15 milhões, o projeto prevê isolamento em relação aos demais veículos, incluindo grades de proteção nas laterais perto de semáforos. A via deverá ficar ainda 18 cm acima do asfalto.

    A ciclovia do eixo da Paulista deverá ter 3,8 km e será conectada a outras sete ciclovias da região.

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