• Cotidiano

    Sunday, 28-Apr-2024 22:58:31 -03
    Crise da água

    Passada eleição, Alckmin quer ajuda de Dilma para enfrentar crise da água

    GUSTAVO URIBE
    ENVIADO ESPECIAL A SANTOS (SP)

    29/10/2014 13h31

    Passada a eleição presidencial, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quarta-feira (29) que pedirá ao governo federal recursos financeiros e a desoneração de impostos para enfrentar a atual crise de desabastecimento de água.

    O tucano defendeu a necessidade de conceder a isenção do PIS e Cofins para empresas de saneamento básico e a realização de parceria com o governo federal para as obras de interligação do Rio Jaguari, da bacia do Paraíba do Sul, com a represa do Atibainha, do Sistema Cantareira.

    O tom adotado por Alckmin é completamente diferente ao do período eleitoral, quando PT e PSDB protagonizaram troca de acusações sobre a responsabilidade da crise hídrica.

    Na mesma linha, ele evitou rebater entrevista concedida pela presidente Dilma Rousseff (PT) nesta terça-feira (28), na qual ela disse que informou ao governo estadual em fevereiro sobre o risco da falta de água.

    "A eleição já acabou. Não deve haver um terceiro turno. Isso prejudica a população. A nossa disposição é a do diálogo e da cooperação", disse. " O governo federal é um grande parceiro e vamos encaminhar e já temos vários pleitos", acrescentou.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Apesar do tom conciliador, o governador não deixou de fazer críticas ao governo federal. Segundo ele, a promessa de desonerar impostos sobre as empresas de saneamento foi prometida pela presidente em 2010, mas não foi cumprida.

    "O governo federal precisa tirar o imposto da água. É inacreditável. Só a Sabesp paga ao governo federal R$ 680 milhões de PIS e Cofins", criticou.

    Ele reclamou ainda de decisão do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) de ter priorizado a geração de energia elétrica, e não o abastecimento de água, em represas como a do Jaguari. Segundo ele, o governo estadual avalia, inclusive, a possibilidade de encerrar a concessão da represa para geração de energia.

    "Nós estudamos retirar a represa do Jaguari, que é de São Paulo, como geradora de energia. Ela gera pouca energia elétrica. Vamos pedir para encerrar a concessão e manter a represa só para abastecimento humano", antecipou.

    GAFE

    O governador participou nesta quarta-feira (29) de evento de assinatura de convênio para construção de policlínicas em Santos (SP), cidade da Baixada Santista.

    Durante a cerimônia, ele passou por uma saia-justa. Em discurso, o deputado estadual eleito Luciano Batista (PTB-SP) referiu-se de maneira pouco usual a um restaurante Bom Prato, iniciativa do governo estadual e programada para ser construído na cidade litorânea.

    "O sujeito come no Bom Prato e, se por acaso passar mal, e não vai, já segue para a policlínica. É uma coisa rápida e rasteira", disse.

    Diante do constrangimento geral, o ex-prefeito de Santos (SP) João Paulo Papa tentou consertar a gafe.

    "O pessoal come no Bom Prato e é aí que não vai passar mal mesmo", disse, para alívio dos tucanos.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024