• Cotidiano

    Friday, 03-May-2024 19:39:03 -03

    Garota morre enforcada em tecidos acrobáticos de escola do litoral de SP

    RICARDO HIAR
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM CARAGUATATUBA (SP)

    31/10/2014 12h20

    Uma garota de dez anos morreu enforcada na quinta-feira (30) em tecidos usados para atividades acrobáticas em uma escola municipal de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo.

    Segundo a polícia, Agatha Nogueira de Sá Neves chegou a ser atendida por uma equipe do Samu por volta das 18h30, após ser encontrada pendurada pelo tecido, sem sucesso.

    Ainda de acordo com a polícia, a menina brincava com tiras de tecido que haviam sido utilizadas em uma apresentação da Feira Literária de Caraguatatuba, horas antes, quando se enforcou.

    O acidente ocorreu no Cide Centro (Centro Integrado de Desenvolvimento Educacional), um complexo municipal que conta com centro de educação infantil, escola de ensino fundamental, auditório, piscina e quadra.

    Segundo a escola informou à polícia, depois da apresentação os tecidos acrobáticos, que são fixados ao teto e têm duas longas pontas suspensas, para a realização de acrobacias aéreas, foram recolhidos a uma altura de cerca de dois metros, sobre uma estrutura no fundo do palco.

    A polícia não descarta que tenha havido negligência. Funcionários da escola suspeitam que a garota tenha tido ajuda de um adulto para puxar os tecidos para baixo.

    A garota estudava até as 18h15 no Cide, que oferece aulas em período integral, incluindo atividades esportivas e culturais. No ano passado, Agatha participou do projeto Circo Escola, responsável pelas aulas de tecido acrobático, segundo a secretaria municipal da Educação.

    Em depoimento à polícia, a vice-diretora da unidade, Mariana Cristina Nereu, afirmou que as crianças não são autorizadas a permanecer na escola fora do horário de aula, mas que Agatha era uma exceção, pelo fato de a mãe dela trabalhar na instituição.

    A garota era filha de uma auxiliar de limpeza e costumava esperar a mãe ou o padrasto, que também trabalha no Cide, para ir embora para casa, às 19h.

    Peritos estiveram no local ontem para averiguar as circunstâncias do acidente, registrado como homicídio culposo (sem intenção). O laudo deve sair em cerca de 20 dias.

    Em nota, a Prefeitura de Caraguatatuba disse que vai apurar o caso e se manifestar após as investigações.

    "A prefeitura comunica que está prestando toda assistência à família e à autoridade policial. Informa ainda que aguardará o resultado das investigações, bem como da sindicância interna, para pronunciamento conclusivo", diz o documento.

    O velório da menina começou ainda durante a madrugada e o enterro ocorreu por volta de 12h desta sexta-feira (31).

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024