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    Chuva ameniza situação do sistema Alto Tietê

    DE SÃO PAULO

    03/11/2014 02h00

    As chuvas do fim de semana atenuaram ligeiramente a crise hídrica da Grande São Paulo. O nível do sistema Alto Tietê, composto de reservatórios que abastecem cerca de 4,5 milhões de pessoas sobretudo na zona leste da região metropolitana, subiu.

    Ele saiu de 6,6%, na sexta (31), para 8,9%, no domingo (2). Apesar do aumento, o índice ainda é um dos piores já registrados pela Sabesp no histórico desse sistema.

    A situação permanece crítica e deve continuar assim ao menos até o início de 2015.

    No sistema Cantareira não houve aumento no nível da água. Mas a régua de um dos maiores sistemas de abastecimento do mundo, que atende quase metade da Grande São Paulo, marcou queda mais discreta do que as registradas nos últimos meses.

    Em períodos do inverno e do outono, o nível do Cantareira baixou 0,2 ponto percentual por dia, em média.

    Anderson Prado/Folhapress
    Homem cruza represa do sistema Alto Tietê, em Mogi das Cruzes
    Homem cruza represa do sistema Alto Tietê, em Mogi das Cruzes

    Nos últimos três dias, as represas baixaram 0,1 ponto percentual por dia e o sistema chegou a 12,1% de sua capacidade neste domingo.

    Neste índice estão somadas as duas cotas de volume morto -reservas de água que ficam abaixo do nível de captação normal das represas- usadas pela Sabesp para tentar manter o abastecimento de água da Grande São Paulo perto do normal.

    O sistema Guarapiranga, outra fonte importante de água que abastece grande parte da zona sul, também tem índices baixos.

    No domingo, a quantidade de água medida no local representava 38,8% da capacidade total da represa.

    Esse volume de água no Guarapiranga é o mais baixo no sistema -para essa época do ano- na última década.

    SECA CONSTANTE

    Mesmo com duas chuvas fortes na bacia do Cantareira nos últimos 15 dias (no sábado e no dia 20 de outubro), o déficit das precipitações na região ainda é grande.

    Nos últimos dois anos, uma comparação entre as chuvas que atingiram as represas e a média histórica, calculada pela Sabesp, mostra que só em cinco meses choveu o que era esperado.

    Neste ano, apenas em março choveu mais do que os registros históricos indicavam.

    Mesmo que chova dentro do previsto até abril de 2015, os níveis das represas do Cantareira continuarão bastante baixos, considerada na comparação a época do ano.

    Especialistas dizem que a normalização dos níveis de armazenamento do sistema Cantareira levará anos.

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