Cerca de cem taxistas fizeram uma manifestação na tarde deste domingo (9) em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo do Rio, na rua Pinheiro Machado, em Botafogo, zona sul da capital. O grupo saiu em carreata do cemitério de Inhaúma, na zona norte, após o sepultamento do corpo de Wallace Bittencourt Sofia, 54.

Sofia, que trabalhava em uma cooperativa de táxis há 17 anos, foi morto na madrugada de sábado (9) com dois tiros na cabeça, supostamente disparados durante um assalto, enquanto dirigia seu veículo na Via Light (RJ-081), rodovia que liga o Rio ao município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ele deixou a esposa e uma filha que completou 15 anos na sexta (7).

	Bruna Fantti/Folhapress
	Cerca de cem taxistas fazem protesto neste domingo (9) no Rio

"Somente na última semana foram quatro mortes de taxistas durante assalto. Queremos uma estatística separada para esses crimes, maior empenho da polícia na investigação e na prevenção. Os táxis só são parados para fiscalização", afirmou um dos líderes do grupo, André Oliveira.

Oliveira disse que uma das principais reivindicações do grupo é que os táxis sejam abordados por policiais militares, principalmente durante a madrugada, para checar a documentação dos passageiros.

Os taxistas chegaram a fechar a rua Pinheiro Machado nos dois sentidos por alguns minutos, e o trânsito ficou em meia pista durante 1h por conta dos táxis estacionados no local. Após isso, eles foram recebidos por um representante do governo, que se identificou como major Serra.

O grupo somente se dissipou após uma comissão ser formada para conversar, em uma conferência via telefone, com o comandante-geral da PM, coronel Íbis Silva, dentro do Palácio Guanabara. Os dois lados acertaram de marcar uma data, ainda nessa semana, para debater o assunto com representantes da Polícia Militar.