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    Carolina Parzewski Guimarães Vivênzio (1977-2014) - Foi à Justiça por mais doadores de medula

    DE SÃO PAULO

    10/11/2014 00h01

    Em busca de um doador de medula, a família de Carolina Parzewski deparou-se com uma situação que parecia irreal: a "cota" de doações para o ano de 2013 na cidade de Franca, no interior paulista, havia esgotado.

    Por causa disso, familiares, amigos e conhecidos convidados por meio de uma campanha não poderiam fazer o teste de compatibilidade.

    O caminho foi apelar à Justiça, que derrubou em primeira instância a portaria do Ministério da Saúde que limitava o número de exames realizados por município.

    Apesar de as doações não poderem ser direcionadas a um paciente específico, a juíza entendeu que mais pessoas cadastradas aumentariam as chances de Carolina poder encontrar alguém
    compatível.

    A doadora acabou sendo sua mãe, que tinha 50% de compatibilidade. A campanha feita pela família ajudou também outros pacientes: um dos amigos de Carolina doou a medula para uma menina.

    Durante os dois anos em que lutou contra a leucemia, a advogada francana nunca se abateu.

    Na região, ficou conhecida pelas fotos em que aparecia careca, devido ao tratamento, e muito sorridente.

    Queria voltar o quanto antes ao escritório de advocacia, a que tanto se dedicava, e a se reunir com a família nos finais de semana, como fazia antes da doença.

    Apesar de o transplante ter dado certo, Carolina teve problemas de imunidade devido à medicação e morreu após uma infecção no último dia 2, aos 37 anos. Deixa o marido, Rinaldo, com quem era casada havia mais de dez anos, o filho, Vitor, os pais, os dois irmãos e sobrinhos.

    coluna.obituario@uol.com.br

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