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    Rio de Janeiro

    Com 44%, Rio lidera queda de mortes no trânsito; São Paulo reduz 8%

    ANDRÉ MONTEIRO
    DE SÃO PAULO

    10/11/2014 02h00

    O Rio liderou a queda de mortes no trânsito no ano passado. Segundo dados do SUS, elas passaram de 3.047 em 2012 para 1.692 (44%).

    Em seis Estados houve ligeiro aumento. O maior deles, de 4%, foi na Paraíba. Os outros foram Pará (1%), Mato Grosso (1%), Mato Grosso do Sul (2%), Roraima (2%) e Sergipe (2%). Em São Paulo houve redução de 8% nas mortes, que passaram de 7.003 para 6.469.

    Para Fernando Avelino, presidente do Detran (Departamento de Trânsito) do Rio, o principal motivo da queda no Estado é a Operação Lei Seca, que promove blitze intensivas desde 2009.

    Ele cita também a realização de projetos educativos e a vistoria anual em toda a frota. "Checamos não só as emissões ambientais, mas itens de segurança", afirma.

    Avelino diz ainda que houve uma intensificação da fiscalização nas ruas e nas estradas para retirar de circulação carros antigos irregulares.

    UF Nº de mortes 2012 Nº de mortes 2013* Variação
    Rio de Janeiro 3.047 1.692 -44%
    Rondônia 668 540 -19%
    Acre 158 129 -18%
    Bahia 2.845 2.408 -15%
    Paraná 3.629 3.161 -13%
    Santa Catarina 1.916 1.685 -12%
    Pernambuco 2.057 1.825 -11%
    Tocantins 548 488 -11%
    Minas Gerais 4.451 4.018 -10%
    Amapá 124 112 -10%
    São Paulo 7.003 6.469 -8%
    Alagoas 846 783 -7%
    Espírito Santo 1.186 1.114 -6%
    Maranhão 1.676 1.576 -6%
    Goiás 2.043 1.943 -5%
    Ceará 2.430 2.334 -4%
    Rio Grande do Sul 2.095 2.017 -4%
    Distrito Federal 553 542 -2%
    Amazonas 458 452 -1%
    Rio Grande do Norte 602 598 -1%
    Piauí 1.204 1.199 0%
    Pará 1.529 1.541 1%
    Mato Grosso 1.151 1.162 1%
    Mato Grosso do Sul 819 834 2%
    Roraima 149 152 2%
    Sergipe 651 665 2%
    Paraíba 974 1.012 4%

    Fonte: DataSUS/Ministério da Saúde *Dados preliminares

    "Houve melhora, mas ainda temos números [de acidentes] estrondosos. Não há como pensar em afrouxar. A educação de trânsito deveria fazer parte da grade educacional em todo o país. A coerção, as operações, são para curto prazo. Perene, só educando as crianças desde cedo."

    SOBRAL

    Entre as maiores cidades do país, Sobral (a 235 km de Fortaleza) foi a que teve maior índice de mortes. Foram 210, o que representa índice de 106 por 100 mil habitantes, mais de cinco vezes a média nacional. Metade das mortes foi de ocupantes de motocicletas.

    A cidade teve um "boom" econômico recente, segundo especialistas, sem uma melhora compatível na infraestrutura e na fiscalização. A frota dobrou em apenas cinco anos, puxada pelas motocicletas, que cresceram 136%.

    Mas não há uma secretaria municipal exclusiva e são apenas 29 agentes de trânsito para toda a cidade –um para cada 2.508 veículos.

    Julif Guedes, gerente de fiscalização da Coordenadoria de Trânsito da prefeitura, diz que houve avanços neste ano. Foram instalados semáforos, lombadas e sinalização.

    "Também foi implantada mão única em diversas ruas, que reduziram as colisões frontais, uma das principais causas de mortes", diz. De junho a agosto, a prefeitura afirma que elas caíram pela metade na comparação com o mesmo período de 2013.

    Guedes diz ainda que houve intensificação das blitze, com apoio da Polícia Militar e da Guarda Municipal, para flagrar motociclistas sem capacete, motoristas sem cinto e condutores sem habilitação –infrações comuns na cidade.

    Editoria de Arte/Folhapress

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