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    Crise da água

    Não há racionamento, mas redução de pressão, diz dirigente da Sabesp

    DE SÃO PAULO

    10/11/2014 08h30

    Apesar das recentes chuvas em São Paulo, os níveis dos sistemas Cantareira e Alto do Tietê voltaram a cair meste domingo (9). Com isso, o número de reclamações da falta de água na capital paulista e na região metropolitana de São Paulo têm aumentado. A Sabesp afirma que não há racionamento, mas redução na pressão de água.

    "Não, não está tendo o racionamento. Não existe corte como foi falado, não existe nenhuma situação onde a Sabesp deliberadamente provoque condições. O que a Sabesp está fazendo é a gestão de pressão durante o período da noite. Diminuir a pressão", garante Marco Antônio Lopez de Barros, superintendente de produção de água da Sabesp em entrevista ao "Fantástico", da TV Globo na noite deste domingo.

    No domingo, o nível do sistema Cantareira atingiu 11,4% de sua capacidade –já contabilizando a segunda cota do volume morto. No sábado (8), o nível era de 11,5%. No Alto Tietê, o nível de volume armazenado era de 8,3%, contra os 8,4% de sábado.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Para o dirigente da Sabesp, os casos de desabastecimento são isolados devido a redução da pressão que faz com que a água demore a chegar em determinados locais.

    "A gestão de pressão noturna foi intensificada este ano no período de gestão da crise. Pontualmente, alguns problemas podem surgir nos locais que têm um abastecimento menos favorável: pontos mais altos e mais distantes. Tem um monte de condições que partem desde problemas na rede de abastecimento, podem passar pelo ramal e até mesmo pelas instalações internas do cliente", destacou Barros.

    Barros afirmou ainda que com as chuvas regulares nos próximos meses, o abastecimento está garantido até o fim de novembro de 2015. "É possível chegar até o final de novembro de 2015 em condições de atendimento."

    No dia 5 de novembro, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que vai aumentar a captação do Guarapiranga para ajudar a população que recebe água do Cantareira, que está com níveis críticos.

    Contudo, a represa Guarapiranga tem registrado a queda mais expressiva entre os principais sistemas que abastecem a Grande SP. No domingo, o sistema tinha 36,6% de sua capacidade –no sábado, eram 36,9%. Desde o primeiro dia de novembro, o nível da represa caiu 2,6%.

    GOVERNO FEDERAL

    A presidente Dilma Rousseff determinou à sua equipe empenho total para ajudar o governador Geraldo Alckmin (PSDB) a buscar uma saída para a crise hídrica em São Paulo.

    Os dos se reúnem nesta segunda, em Brasília, para avaliar um cardápio de medidas estimado em R$ 18,7 bilhões, conforme apurou a Folha.

    A maior parte do montante equivale a obras ainda não iniciadas e que poderiam suprir a necessidade futura de água no Estado. Uma pequena parte se refere a projetos em andamento.

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