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    Crise da água

    Empresário usa coador de pano para barrar sujeira de água de bica em SP

    CAROLINA DANTAS
    JÚLIA BARBON
    DE DA EDITORIA DE TREINAMENTO

    14/11/2014 02h00

    Antônio Daniel, 37, carrega um coador preso ao short. O utensílio de pano, próprio para fazer café, tem uma função diferente na bica da praça Ocapeguá, na Penha (zona leste de São Paulo): barrar a sujeira da água.

    Não serve para prepará-la para consumo, explica Daniel, porque "segundo a Sabesp, não pode". Empresário do ramo de transporte de carga, ele leva o utensílio à bica duas vezes por semana para encher sua caixa-d'água de 500 litros.

    Com a falta de água pela cidade, as fontes viram alternativa em algumas regiões. E para muitas pessoas.

    "Não sei como ainda não deu briga", brinca o ferramenteiro Roberto dos Santos, 38, que aproveitava a água da praça para lavar o carro. "Mas muita gente toma."

    Para o geólogo Mateus Simonato, não há como reduzir os riscos do consumo, sobretudo em áreas urbanas. "Não recomendo que fervam nem filtrem a água. Mesmo com essas atitudes, as consequências de ingerir água sem controle ainda podem ser graves."

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