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    Crise da água

    Estratégia de cidades do litoral inclui chuveirada relâmpago

    ESTÊVÃO BERTONI
    ENVIADO ESPECIAL AO LITORAL DE SP
    DHIEGO MAIA
    DE SÃO PAULO

    17/11/2014 02h00

    Da chuveirada relâmpago à cartilha para donos de casa de veraneio, as cidades do litoral paulista estão desenvolvendo novas estratégias para que não falte água durante a alta temporada.

    Em Santos, a prefeitura cortou a água de madrugada nos 47 chuveiros da praia, diminuiu o tempo das chuveiradas de 30 para 15 segundos e instalou 40 lava-pés na orla. Juntas, as ações trazem economia de até 60% de água, segundo a administração.

    Embora não admita o desabastecimento, o município diz que, "caso ocorra falta de água, a Sabesp irá disponibilizar caminhões-pipa" para moradores e turistas.

    Já a prefeitura de Praia Grande decidiu enviar pelo correio 168 mil exemplares de um jornal com dicas de economia de água ao interior de São Paulo e à capital.

    Os destinatários são donos de casas de veraneio na cidade. "Nossa preocupação é como as pessoas vão usar a água. Se os turistas tomarem cinco banhos por dia, teremos problemas", diz o prefeito Alberto Mourão (PSDB).

    Editoria de Arte/Folhapress

    Em alguns casos, os prefeitos estão tentando se antecipar aos problemas, como o de São Sebastião, Ernane Primazzi (PSC). "Cobrei da Sabesp o dobro de caminhões-pipa para manter os serviços em hospitais e nas creches."

    Exceção é o condomínio de alto padrão Riviera de São Lourenço, em Bertioga (a 103 km de São Paulo), que possui um sistema próprio de captação, tratamento e distribuição de água. Com 10 mil moradores, o local chega a receber 65 mil em alta temporada.

    O loteamento, iniciado em 1979, orgulha-se de nunca ter tido interrupção no abastecimento ao longo de 35 anos. "Todos os imóveis contam com uma reservação para três dias de consumo", afirma Luiz Augusto Pereira, diretor da Sobloco, responsável pela construção do empreendimento.

    Apostar em sistemas próprios pode ser uma saída. No hotel Sofitel Jequitimar, em Guarujá, desde 2011 funciona um sistema que reutiliza água da chuva e o esgoto tratado para irrigação dos jardins, descargas dos banheiros e torre de ventilação do prédio.

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