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    Crise da água

    Sem chuva, nível dos sistemas cai ao menos 0,2 ponto percentual nesta 2ª

    DE SÃO PAULO

    17/11/2014 09h43

    Sem chuva nos últimos dias, o nível dos seis principais sistemas que abastecem a capital paulista e a região metropolitana de São Paulo registrou queda de acordo com o balanço divulgado nesta segunda-feira (17) pela Sabesp.

    Cinco dos seis reservatórios tiveram queda de 0,2 ponto percentual entre domingo (16) e esta manhã. Entre os sistemas, o reservatório de Rio Grande, que atende a 1,2 milhão de pessoas, foi o que registrou a maior queda percentual: 0,3 –passando de 65,6% para 65,3%.

    Se fossem unificados, os reservatórios teriam apenas 14,68% de sua capacidade nesta segunda. Quase 19 milhões de pessoas são abastecidas pelos seis sistemas.

    O principal reservatório da cidade, o Cantareira tem 10,3% de sua capacidade. Com esse valor, já está extinta a primeira cota do volume morto.

    A primeira etapa do volume morto tinha 182,5 bilhões de litros e começou a ser utilizada em 12 de julho. Já a segunda etapa do volume morto é menor e tem 105 bilhões de litros de água. O sistema atende a 6,5 milhões de pessoas.

    Na represa Guarapiranga, que atende a cerca de 4,9 milhões de pessoas, o índice atinge 34,4% ante 34,6 do dia anterior. O sistema Alto Tietê está com 7% de sua capacidade. O reservatório atende a 4,5 milhões de pessoas.

    O reservatório de Rio Claro, que atende a 1,5 milhão de pessoas, e o sistema Alto Cotia, que fornece água para cerca de 410 mil pessoas, tiveram queda de 0,2 ponto percentual cada um. Rio Claro tem 35,8% de sua capacidade ante 36%, e Alto de Cotia apresenta índice de 29,1% ante 29,3% do dia anterior.

    REAJUSTE DA CONTA

    No dia 14 de novembro, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou o aumento da conta de água dos consumidores a partir de dezembro. O reajuste ocorrerá em meio a mais grave estiagem já registrada no Estado e sete meses após a gestão tucana ter recebido autorização para a aplicação desse aumento.

    Quando recebeu aval da Arsesp (agência reguladora de saneamento e energia), em abril passado, o governo Alckmin abdicou desse direito e anunciou que o aumento da conta de água ocorreria em um momento oportuno até o mês de dezembro. Agora, o reajuste deve ser superior aos 5,4% autorizados sete meses atrás.

    "Não tem nada a ver com eleição", disse o tucano durante a inauguração neste sábado (15) da estação Fradique Coutinho, da linha 4-amarela, em Pinheiros (zona oeste). "Quando foi o último aumento da Sabesp? Foi em dezembro de 2013. Você não vai fazer aumento de seis em seis meses", completou.

    Em nota à imprensa, a Sabesp, ressaltou que em 2014 não foi feito nenhum reajuste na conta e que a definição do percentual é uma responsabilidade da Arsesp. O último aumento na conta de água, em dezembro do ano passado, foi de 3,15%. O reajuste vai ocorrer em meio a incertezas sobre o abastecimento de água durante o ano de 2015.

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