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    Caetano Tanese (1920-2014) - Lutou por um ano na Segunda Guerra

    ANDRESSA TAFFAREL
    DE SÃO PAULO

    18/11/2014 00h00

    Do dia 2 de julho de 1944 a 6 de julho de 1945, a família de Caetano Tanese viveu apreensiva. Dona Magdalena rezava diariamente esperando que as cartas enviadas pelo filho trouxessem apenas boas notícias da Itália.

    Caetano foi um dos brasileiros recrutados para lutar na Segunda Guerra Mundial. Com muitos outros pracinhas, participou da batalha de Monte Castelo, momento-chave

    da presença da Força Expedicionária Brasileira no conflito. Ao longo da vida, relembraria com tristeza que teve de matar um combatente alemão. "Era ele ou eu", dizia.

    Os dias passados no velho continente e as medalhas que recebeu eram algumas das histórias de que mais gostava de contar. Outros relatos envolviam seu trabalho na fábrica de papel e celulose Suzano, onde atuou por 45 anos, até a aposentadoria em 1999.

    Do tipo caseiro, apreciava passar os dias ao lado da mulher, Nanci, com quem "formava um par perfeito". Conheceu-a em um ponto de ônibus na rua Cardoso de Almeida, na zona oeste paulistana.

    Aos domingos, fazia questão de reunir a família toda para um almoço fora. Vez por outra, arriscava-se a cantar uma ópera em italiano.

    Morreu na quinta (13), aos 94. Há quatro anos, foi diagnosticado com demência. Deixa Nanci, depois de mais de cinco décadas de casamento, os filhos, Eduardo e Milton, os netos, Luiz Felipe e Gabriela, e três irmãs.

    A missa do sétimo dia será nesta quarta-feira (19), a partir das 18h30, na paróquia de São Gabriel, Jardim Paulista.

    coluna.obituario@uol.com.br

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