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    Emília Botta Costanzo (1924-2014) - Dona Miloca e os bolos caseiros de São Carlos

    ANDRESSA TAFFAREL
    DE SÃO PAULO

    20/11/2014 00h00

    Juntos, massa de chocolate, recheio de leite condensado com nozes e cobertura de musse de chocolate dão origem a uma das iguarias mais famosas da paulista São Carlos: o bolo Miloca.

    O nome da gostosura é uma referência ao apelido da boleira Emília Botta Costanzo, que há mais de cinco décadas se tornou conhecida na cidade por seus dotes culinários.

    O primeiro bolo feito por encomenda foi para o aniversário de uma amiga. Mais pedidos surgiram, e dona Miloca então passou a dividir o emprego na biblioteca municipal com os ovos e a farinha, a fim de ajudar nas despesas da família, pois o marido, Jacinto, estava desempregado.

    A rotina foi mantida até ela se aposentar no serviço público, aos 60. Nesse tempo, a cozinha cresceu. A boleira ganhou a ajuda de funcionários e, depois, de uma filha, que hoje toca o negócio com uma das netas.

    Nos últimos anos, dona Miloca já não conseguia colocar literalmente a mão na massa, mas estava sempre de olho na produção, para garantir a qualidade dos ingredientes e o jeitinho caseiro de bolos, tortas, docinhos e salgadinhos que hoje fazem parte do cardápio.

    Agregadora, gostava de reunir a família em datas especiais e os amigos para um chá da tarde, quando enchia todos de muita comida.

    Morreu no domingo (16), aos 90, após uma endocardite (tipo de infecção). Viúva desde 1996, deixa cinco filhos, 15 netos e dez bisnetos.

    No sábado (22), às 18h30, será a missa do sétimo dia, na paróquia São Benedito —ela ajudou na construção fazendo bolos para serem rifados.

    coluna.obituario@uol.com.br

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