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    Haddad diz que faltam policiais na cracolândia; PM nega redução

    GIBA BERGAMIM JR.
    DE SÃO PAULO

    20/11/2014 02h00

    O prefeito Fernando Haddad (PT) disse, em entrevista recente, que a falta de policiamento contribui para o aumento do número de viciados na cracolândia. A Secretaria de Segurança Pública nega qualquer redução do efetivo.

    Em nota, a prefeitura disse nesta quarta (19) que a persistência do "fluxo" (local de concentração de usuários para venda e consumo de drogas) "está diretamente ligada à continuada oferta de drogas na região, que é uma questão de segurança pública".

    A administração diz que tem insistido em tratativas com a Polícia Militar e o Governo do Estado para reverter a suposta redução do efetivo policial no local, que teria ocorrido no meio do ano.

    A prefeitura informou que há 513 beneficiários cadastrados no programa Braços Abertos, sendo que 23 deles receberam atestado médico de aptidão ao mercado de trabalho e 122 estão em tratamento contra dependência.

    Segundo a gestão paulistana, o consumo de crack entre os beneficiários do programa foi reduzido de 50% a 70%.

    De uma média inicial de 10 a 15 pedras por dia, o consumo passou a cinco pedras diárias, consumidas à noite.

    RECOMEÇO

    Já a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) informa que desde janeiro de 2013 foram realizadas 6.368 internações –5.495 voluntárias, 870 involuntárias e três compulsórias.

    O governo estadual diz que só na primeira etapa do programa Recomeço, instalado ali neste ano, realizou 20 mil atendimentos sociais. O programa prevê encaminhamento para tratamento da dependência química.–
    O comandante do policiamento da capital, Glauco Carvalho, disse que há 112 PMs atuando na cracolândia –no ano passado eram 116. "Nunca houve redução. É o maior efetivo policial por metro quadrado do Estado."

    Segundo Carvalho, além do efetivo exclusivamente destinado ao quadrilátero da cracolândia, há o policiamento diário feito por carros e motos.

    Carvalho diz que, por se tratar de problema de saúde pública, os policiais têm limitações para atuar. "É um drama pessoal, e a PM não pode atuar de maneira ostensiva." Ele diz que, de janeiro até a última terça-feira (18), 246 pessoas foram presas por tráfico, roubos e furtos na cracolândia.

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