A conta no Twitter do prefeito Fernando Haddad (PT) amanheceu nesta quinta-feira (20/11) com uma dura crítica ao policiamento na cracolândia: "Crack: cobram da União a fiscalização de 17 mil km de fronteiras contra a droga, mas as polícias locais não controlam um quarteirão da LUZ".
O tuíte foi feito após a Folha mostrar o ressurgimento de uma favela nas ruas da Luz e apontar o aumento do fluxo –espécie de feira pública de crack, em que o usuários e traficantes se misturam.
O crescimento se deu apesar dos programas sociais da prefeitura (Braços Abertos) e do Estado (Recomeço). Para o prefeito, a falta de policiamento contribuiu para isso.
O comandante do policiamento da capital, Glauco Carvalho, rebateu, dizendo que o local tem "o maior efetivo por metro quadrado do Estado".
O Secretário da Segurança do Estado, Fernando Grella Vieira, afirmou, em nota, que a prefeitura já criticou "reiteradamente a ação das polícias na cracolândia, chamando-a inclusive de 'lamentável'".
Adotou, porém, um tom conciliador. "Para termos sucesso [no combate ao tráfico], seguimos dispostos a unir esforços com o governo federal, a Prefeitura de São Paulo e dos demais municípios."
Desde janeiro, houve 246 prisões por tráfico, roubos e furtos na cracolândia.
Apu Gomes/Folhapress |
Usuarios de crack em nova favela que surgiu na cracolândia, na região da Luz, centro de São Paulo |