Um grupo de sem-teto ligado ao UCLM (Unificação das Lutas de Cortiços e Moradia) invadiu no último final de semana um edifício no centro de São Paulo que seria destinado a membros de outro movimento popular por moradia, a Unificação das Lutas de Cortiços.

Localizado na rua Conselheiro Crispiniano, próximo ao Theatro Municipal, o prédio era do INSS. Ele fazia parte do patrimônio da União e foi doado para o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.

	Rubens Cavallari/Folhapress
	Prédio invadido pelo MSTS na rua Conselheiro Crispinano, no centro de São Paulo

A reforma custou R$ 5,4 milhões, de acordo com a Caixa Econômica Federal. As obras estavam em fase final, e as 72 unidades habitacionais seriam entregues em dezembro para famílias com renda mensal de até R$ 1,6 mil.

Em nota, a CEF informou que entrou com ação de reintegração de posse na quarta-feira (19) e que acionou a Polícia Militar. A Caixa disse também que a responsabilidade pela segurança do empreendimento é da construtora, e a seleção e indicação dos beneficiários compete à Prefeitura.

O coordenador da UCLM, Sidnei Pitta, lamentou a ocupação do edifício por outro movimento por moradia. "As ocupações são uma bandeira de luta, mas tem que ocupar com responsabilidade. Jamais um movimento entra em um projeto com famílias parecidas". Ele disse esperar que os atuais moradores não quebrem nada no edifício.

Procurados pela reportagem, os dirigentes do MSTS não foram localizados.