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    Rio de Janeiro

    Após fechar por neblina, Santos Dumont tem filas de quatro horas

    DO RIO

    24/11/2014 17h50

    O fechamento do aeroporto Santos Dumont, na manhã desta segunda-feira (24), criou um efeito dominó no quadro de voos da tarde, e atrapalhou a vida de passageiros que tentavam deixar o Rio após o feriadão.

    Alguns deles aguardavam desde o início da manhã, quando o aeroporto foi fechado por quatro horas por conta da forte neblina. Até as 14h, 47 dos 94 voos programados estavam atrasados e 33 haviam sido cancelados.

    O saguão estava apinhado de passageiros. As filas davam voltas tão longas que recém-chegados tinham que se informar sobre onde elas terminavam.

    Parada com seu carrinho de malas entre duas filas que se cruzavam, Raimunda Maria da Conceição, 82, olhava em volta com ar perdido, tentando descobrir em qual deveria entrar para embarcar para Brasília. "Estas filas não têm pé nem cabeça", reclamou, bem-humorada.

    A companhia que registrava as maiores filas era a Gol. Ela é também a companhia que opera o maior número de voos do Santos Dumont.

    Alexandre Cassiano/Agencia O Globo
    Passageiros enfrentam fila e espera no aeroporto Santos Dumont
    Passageiros enfrentam fila e espera no aeroporto Santos Dumont

    No quadro, o reflexo dos atrasos: por volta das 15h, um voo agendado para as 10h10 com destino a São Paulo estava com "embarque próximo". Outro, marcado para sair às 8h40, estava recém-encerrado às 16h.

    A paulistana Livia Tozzatti, 31, estava furiosa. Aguardava no aeroporto desde as 6h. Seu voo para Congonhas marcado para as 7h30 fora cancelado, e ela estava havia três horas na fila da loja da companhia aérea. "A moça da loja saiu para almoçar e a gente ficou uma hora plantado. Isto aqui é uma vergonha", dizia.

    Já os amigos Edson Lima, 37, e João Elias, 44, apelavam para as piadas. "Vamos abrir um serviço de entrega de pizza na fila? A gente pode até fazer o aplicativo aqui, agora", diziam a um casal de Florianópolis que conheceram na fila.

    Ressoavam pelo saguão gritos de passageiros furiosos quando alguém tentava furar uma fila. Quando o furão era retirado, a fila aplaudia.

    Pelo saguão, ouviam-se muitas referências a "imagina no Ano Novo", "imagina no Carnaval".

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