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    Assembleia tenta aprovar CPI para investigar violência na Medicina da USP

    MONIQUE OLIVEIRA
    DE SÃO PAULO

    25/11/2014 15h30 - Atualizado às 16h52

    O deputado Adriano Diogo (PT), que preside a Comissão de Direitos Humanos na Assembleia Legislativa que investiga os casos de estupros e abusos na USP, disse já ter colhido 39 assinaturas para instaurar uma CPI para investigar os casos de abuso sexual, homofobia e racismo nos cursos de medicina das universidades.

    A intenção é que a CPI "fure a fila" de outras investigações que estão na frente. Apenas sete comissões podem ocorrer simultaneamente na Assembleia.

    Segundo o deputado, outros parlamentares manifestaram a possibilidade de abdicar da sua investigação para priorizar a CPI.

    No início da tarde, o diretor da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, Carlos Geraldo Carlotti, falava na Assembleia sobre dois casos de abuso sexual relatados e sobre uma música de conteúdo considerado racista.

    O diretor e reitor da Faculdade de Medicina da USP, José Otávio Costa, e membros da Atlética e do Centro Acadêmico não compareceram.

    O presidente da CPI e o diretor da faculdade entraram em atrito desde o início do mês quando o deputado disse ter recebido ligações do professor para que a audiência com alunos da faculdade fosse cancelada.

    No último domingo, em entrevista ao "Fantástico", o professor Otávio Costa, disse que o parlamentar havia mentido sobre o telefonema.

    Nesta terça, o deputado voltou a dizer ter recebido as ligações. "Ele disse para eu cancelar a audiência porque iriam os radicais", disse.

    Segundo o deputado, o professor teria dito ainda que a USP sempre "abafa tudo".

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