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    Feministas dizem sofrer perseguição após denunciar estupros na USP

    MONIQUE OLIVEIRA
    DE SÃO PAULO

    25/11/2014 22h33

    Mulheres coletivo feminista Geni, que denunciaram casos de estupro dentro da Faculdade de Medicina da USP, dizem que estão sendo perseguidas por alunos e ex-alunos da universidade.

    Elas mostraram à reportagem posts de Facebook que mostram essa perseguição. Elas são chamadas de prostitutas e são exortadas a ser banidas da universidade.

    "Essas sujas deveriam sumir e prestar algo condizente com mentalidade delas", diz um post.

    Marina Pikman, membro do coletivo e estudante do quarto ano, chegou a trancar o curso de medicina. "Eu fiquei muito deprimida com tudo, vou esperar a poeira abaixar e voltar ano que vem", relata.

    Ana Cunha, estudante do terceiro ano de medicina, diz que as agressões são sistemáticas.

    Nesta quarta, a Faculdade de Medicina da USP submete o relatório da Comissão à votação na plenária da instituição. O relatório indica medidas para coibir atos de abuso sexual na universidade.

    Recentemente, alunas do curso de Medicina da USP denunciaram na Assembleia casos de estupro em festas universitárias.

    CPI

    O deputado Adriano Diogo (PT), que preside a Comissão de Direitos Humanos na Assembleia Legislativa que investiga os casos de estupros e abusos na USP, disse já ter colhido 39 assinaturas para instaurar uma CPI para investigar os casos de abuso sexual, homofobia e racismo nos cursos de medicina das universidades.

    A intenção é que a CPI "fure a fila" de outras investigações que estão na frente. Apenas sete comissões podem ocorrer simultaneamente na Assembleia.

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