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    Celso Blanc (1951-2014) - Dedicou o coração ao Carnaval

    CAMILA TURTELLI
    DE RIBEIRÃO PRETO

    26/11/2014 00h01

    Nos 30 anos de existência da Unidos do Morro —primeiro bloco e, depois, escola de samba de Batatais, no interior paulista—, o eletricista aposentado Celso Blanc era personagem clássico.

    Não só desfilava, mas também trabalhava nos meses que antecediam o Carnaval na confecção de fantasias e carros alegóricos da escola, o que contribuiu para três paradas cardíacas que sofreu nos últimos três desfiles, segundo ele próprio dizia.

    Em 2012, chegou a entrar no sambódromo, mas passou mal, foi para casa e sofreu a primeira parada. No ano seguinte, estava internado quando a agremiação, da qual é um dos fundadores, desfilou e obteve seu terceiro título.

    Já neste ano, contrariando recomendação médica, desfilou, mas sofreu nova parada cardíaca e caiu de uma altura de três metros do carro alegórico do bloco Estação do Samba, que abria o Carnaval.

    Estava, mais uma vez, internado quando sua escola se apresentou e venceu o Carnaval local, um dos mais tradicionais do interior do Estado.

    "Ele trabalhava do começo ao fim. Era ao mesmo tempo animado e sistemático", disse Michel Ferreira de Araújo, o Kita, presidente da escola.

    Iria participar de novo do desfile em 2015. Por isso, passou a tarde toda da última segunda-feira (24) no barracão da escola planejando a festa.

    Voltou para casa e, mais uma vez, se sentiu mal. Com parada cardiorrespiratória, foi socorrido, mas chegou morto à unidade de saúde.

    "Passou as últimas horas trabalhando no que mais gostava, que era o Carnaval", disse o filho Celso Junior, 30. Deixa a mulher, Marilene, quatro filhos e cinco netos.

    coluna.obituario@uol.com.br

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