O Metrô de São Paulo afirma que o projeto básico elaborado para as estações São Lucas, Camilo Haddad e Vila Tolstói do monotrilho da linha 15-prata "já havia detectado a existência da galeria do córrego da Mooca" na avenida Professor Luiz Ignácio Anhaia Mello.
Apesar disso, reconhece que foi preciso fazer um novo projeto. Segundo a companhia, foi decidido que a galeria será remanejada em alguns trechos para que as estações sejam construídas da mesma forma e nos mesmos locais previstos inicialmente.
"O Metrô elaborou um novo projeto que foi submetido aos órgãos da prefeitura para as autorizações necessárias para a realização das obras na galeria, bem como os desvios de tráfego no entorno devido ao grande fluxo de veículos", diz a empresa.
Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress | ||
SOLUÇÃO
Extraoficialmente, funcionários da estatal alegavam que trechos do córrego não haviam sido completamente detectados pelo projeto básico, o que exigiu estudo para resolver como instalar as fundações das estações.
Um engenheiro afirmou que as galerias até figuravam no projeto, mas que ele não foi entregue com indicação para a solução do problema.
O trabalho ficou para o projeto executivo, concluído após a licitação das obras. Inicialmente, pensou-se em alterar o método construtivo, mas, como a licença ambiental já havia sido emitida, não seria possível alterar a localização ou a concepção arquitetônica das estações.
Questionada desde a manhã desta quarta-feira (3), a companhia não informou os gastos extras com o novo projeto. Também não disse qual será o impacto no cronograma –já atrasado– da linha.
A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) se limitou a informar que "o remanejamento do córrego não implicará em novas desapropriações".
O Metrô não informou qual empresa fez o projeto básico. A previsão é que 310 mil passageiros por dia usem a segunda fase da linha quando ela estiver em atividade.