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    Van é flagrada abandonando em Santos moradores de rua de Suzano

    MARTHA ALVES
    DE SÃO PAULO

    10/12/2014 06h48

    Uma van foi flagrada por câmeras de segurança de um imóvel abandonando moradores de rua no bairro Pompeia, em Santos (72 km de São Paulo), na tarde de terça-feira (9).

    As oito pessoas foram deixadas na rua Rio Grande do Norte, por volta das 13h. Ao perceber a chegada de um carro da Polícia Militar, os moradores de rua fugiram.

    A PM conseguiu deter o agente social Eduardo Félix Custódio, 63, e o motorista Valdeir Francye da Silva Epifania, 21. Eles foram levados ao 7º Distrito Policial para prestar depoimento.

    Segundo a Prefeitura de Santos, o agente social disse à polícia que ele e o motorista foram contratados pelo Creas (Centro de Referência de Assistência Social) de Suzano (Grande São Paulo) para transportar o grupo a Santos.

    Em depoimento, o agente social também disse à polícia que já levou outro grupo de Suzano a Bertioga.

    A secretária de Assistência Social, Rosana Russo, falou que vai relatar o caso ao Ministério Público.

    Nesta terça, outros dois grupos de moradores de rua foram abordados por guardas municipais na praia do Gonzaga. Eles disseram aos guardas que eram dos estados dos Paraná e Santa Catarina.

    Veja vídeo

    OUTRO CASO

    Cerca de 500 imigrantes haitianos chegaram a São Paulo vindos do Acre, em abril deste ano. Eles foram mandados em ônibus pagos pelo governo do Acre sem qualquer aviso às administrações municipal e estadual.

    À época, o envio dos imigrantes gerou críticas de um secretário do prefeito Fernando Haddad e do governador Geraldo Alckmin.

    "O que não podemos admitir é a atitude de despejar os refugiados na cidade sem contato político para garantir seus direitos e condições de vida", disse o secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania Rogério Sottili.

    O secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos do governo do Acre, Nilson Mourão, falou que o envio de haitianos para outros Estados era um processo "irreversível".

    "Não estamos despejando ninguém em lugar nenhum. Estamos tratando de modo humanitário seres humanos pobres e negros que entram no Brasil pelo Acre", disse.

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