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    Com nova regra para acionar o IC e o IML, São Paulo busca agilizar perícias

    REYNALDO TUROLLO JR.
    ROGÉRIO PAGNAN
    DE SÃO PAULO

    13/12/2014 02h00

    Com o objetivo de tornar mais rápida a chegada dos peritos à cena de um crime e agilizar a liberação do local, a Secretaria da Segurança de São Paulo publicou nesta sexta (12) uma resolução que muda a forma de acionamento do IC (Instituto de Criminalística) e do IML (Instituto Médico-Legal) na capital.

    A medida foi uma das primeiras promessas do secretário Fernando Grella, que assumiu o cargo há dois anos.

    A ideia é evitar que voltem a ocorrer, por exemplo, o travamento das marginais por até sete horas após acidentes, devido ao atraso da perícia, ou a remoção de corpos de pessoas assassinadas após até 18 horas de espera.

    Era o delegado do distrito da área que fazia a requisição de perícia para casos de homicídio, lesão corporal e morte suspeita, inclusive decorrentes de acidente de trânsito.

    A partir de agora, porém, a requisição será feita via rádio por uma central única, o Cepol (Centro de Operações da Polícia Civil), onde haverá um delegado de plantão 24 horas para cuidar desses casos.

    Antes da mudança, quando um acidente ou crime acontecia, a Polícia Militar ia até o local para preservá-lo, depois ia à delegacia registrar o boletim de ocorrência e só um delegado daquele distrito podia requisitar, por mensagem, o envio de peritos.

    Pela nova determinação, o PM, ainda na cena do crime, comunicará a ocorrência via rádio à central da Polícia Militar (Copom), que imediatamente avisará o Cepol, da Polícia Civil, que acionará os peritos também pelo rádio.

    Os peritos poderão trabalhar na cena do crime antes de receberem qualquer ofício –a formalização será mais tarde. O delegado da área, que também terá sido avisado pelo Cepol, deverá ir ao local do crime antes do registro da ocorrência e, ali chegando, poderá fazer aos peritos os pedidos adicionais que quiser.

    Segundo Grella, foi detectado que a demora não estava nos peritos, mas no acionamento deles. Delegados ouvidos pela Folha disseram que a mudança, indiretamente, responsabiliza a Polícia Civil pelos atrasos. Grella nega.

    Segundo peritos consultados, o IML leva em média 55 minutos para chegar ao local de uma ocorrência. Já o acionamento pela polícia demorava até quatro horas.

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