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    Paciente renal, Papai Noel em SC precisa diminuir o ritmo

    NATÁLIA PORTINARI
    DE SÃO PAULO

    16/12/2014 12h00

    "Ser Papai Noel não é pôr uma roupa vermelha e algodão no rosto no fim do ano. Isso pra mim é enganar as crianças. O Papai Noel tem que ser todos os dias, não um só". É a opinião de Valdevino Pereira, 65, que pratica a profissão há 40 anos em Joinville (SC).

    Paciente renal há três anos, Valdevino faz sessões de hemodiálise a cada dois dias, que o impedem de trabalhar em shoppings, como fazia antes.

    A Fundação Pró-Rim, onde ele recebe tratamento, organizou uma exposição de fotos para homenageá-lo. O trabalho vai ser exibido na Exposição de Natal da fundação.

    Nesse ano, os funcionários da fundação arrecadaram presentes para o Papai Noel distribuir entre crianças carentes. Ele também ganhou uma prótese dentária e uma roupa vermelha nova.

    Além de Papai Noel, Valdevino Pereira foi pescador no litoral de Santa Catarina. Decidiu se tornar também Papai Noel aos 25 anos, motivado pela alegria das crianças ao receber presentes.

    "Os 'papais-noéis' de hoje estão mentindo. Um verdadeiro Papai Noel tem que reunir as crianças e ter amizade com elas. Quando passo na rua, as crianças me chamam de Papai Noel", diz ele.

    Ao longo de sua carreira, trabalhou em shoppings e em ações beneficentes em bairros carentes. "Onde tem criança eu vou, na frente da igreja, da escola. Onde tem criança, tem alegria", afirma Valdevino.

    O fotógrafo Norton Ortiz, que produziu as fotos da exposição, acompanhou o cotidiano do Papai Noel. "Foi emocionante. É gratificante registrar um homem tão especial. Espero que as fotos tenham captado um pouco da essência e da luta do seu Valdevino, um verdadeiro Papai Noel", disse ele.

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