• Cotidiano

    Tuesday, 30-Apr-2024 12:11:23 -03

    Prisão federal fará perfil genético de condenados por crimes hediondos

    MARIO CESAR CARVALHO
    DE SÃO PAULO

    16/12/2014 02h00

    O presídio federal de Catanduvas, no Paraná, fará o perfil genético de 62 condenados por crimes hediondos como latrocínio e extorsão mediante sequestro que resultou em morte.

    O plano do governo federal é ter um banco de dados nacional com perfis genéticos com o objetivo de melhorar a qualidade das investigações e reduzir a impunidade em crimes violentos.

    A coleta do DNA foi feita pelo Instituto Nacional de Criminalística com cotonete passado sobre a mucosa bucal.

    O pedido de coleta foi feito pela direção do presídio e autorizado por juízes federais do Paraná que cuidam da execução das sentenças dos presos em Catanduvas.

    A ideia por trás do banco de dados nacional é que os autores de crimes hediondos podem ter cometido outros homicídios que ainda não foram esclarecidos pela polícia.

    Há uma série de vantagens no uso do DNA para a investigação criminal, de acordo com especialistas.

    Além de ser mais preciso do que a impressão digital, o DNA é muito mais fácil de ser encontrado na cena de um crime, pois fios de cabelo e pedaços de pele, que contêm material genético, ficam no local involuntariamente.

    Já no caso da impressão digital os criminosos mais violentos sabem se proteger contra esse tipo de prova.

    O perfil genético é sigiloso é só pode ser usado como prova com autorização da Justiça. A lei brasileira proíbe o uso do DNA para outros fins, como pesquisas comportamentais dos presidiários.

    A criação do banco de dados nacional está prevista em lei aprovada em 2012. A legislação é praticamente a mesma adotada pelos Estados Unidos e outros 30 países que integram uma rede chamada Codis (Sistema de Indexação de DNA Combinado, em inglês).

    Presídios estaduais de Estados do Nordeste, como Ceará e Paraíba, já iniciaram a coleta de material genético para o banco de dados nacional.

    Em São Paulo, a Secretaria da Administração Penitenciária e a Secretaria da Segurança não souberam informar quando ela será iniciada.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024