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    Câmara aprova devolução de IPTU para contribuinte que pagou a mais

    GIBA BERGAMIM JR.
    DE SÃO PAULO

    16/12/2014 11h24

    A Câmara de São Paulo aprovou nesta terça-feira (16) o projeto do prefeito Fernando Haddad (PT) que prevê a devolução de dinheiro a 454 mil contribuintes que pagaram IPTU a mais em 2014. Boa parte dos 54 vereadores não votou. Dos que se manifestaram (confira a lista abaixo), 28 foram favoráveis e 1 contrário.

    O mesmo projeto prevê o perdão para aqueles que deveriam pagar mais em 2014. Uma emenda do vereador José Police Neto (PSD), que prevê desconto do imposto de 50% para microempresários e 25% para médios e pequenos empresários também foi aprovada. O texto e a emenda irão para segunda votação.

    Os beneficiários são donos de imóveis que teriam isenção ou redução do imposto neste ano, mas acabaram pagando a mais depois que a Justiça barrou o reajuste previsto pela gestão Haddad.

    No mês passado, o Tribunal de Justiça derrubou uma liminar (decisão urgente) que vetava a atualização do imposto, o que permitirá a nova cobrança em 2015.

    Parlamentar Partido A favor
    Alfredinho PT Sim
    Antonio C. Rodrigues PR Sim
    Arselino Tatto PT Sim
    Aurélio Miguel PR Sim
    Calvo PMDB Sim
    Conte Lopes PTB Sim
    Dalton Silvano PV Sim
    David Soares PSD Sim
    Donato PT Sim
    Edir Sales PSD Sim
    George Hato PMDB Sim
    Gilson Barreto PSDB Não
    Jair Tatto PT Sim
    José Américo PT Sim
    Juliana Cardoso PT Sim
    Laércio Benko PHS Sim
    Marquito PTB Sim
    Nabil Bonduki PT Sim
    Netinho de Paula PC do B Sim
    Noemi Nonato Pros Sim
    Ota Pros Sim
    Paulo Fiorilo PT Sim
    Paulo Frange PTB Sim
    Pr. Edemilson Chaves PP Sim
    Reis PT Sim
    Ricardo Nunes PMDB Sim
    Senival Moura PT Sim
    Toninho Paiva PR Sim
    Vavá PT Sim

    Aprovado no ano passado, o reajuste do IPTU deverá causar aumento de até 30% para imóveis comerciais e até 15% para residenciais em 2015.

    O projeto não explica, porém, como será feita essa devolução. Para os que não são isentos, o reembolso pode ocorrer por meio de um abatimento no próprio carnê a ser pago no ano que vem. Porém, não está descartada ainda a hipótese em crédito na conta bancária.

    O reembolso deve custar algo em torno de R$ 170 milhões aos cofres públicos. Segundo o relator do Orçamento, Ricardo Nunes (PMDB), a verba para bancar o reembolso deve ser retirada de uma "sobra" de receita que a prefeitura deve conseguir com a renegociação da dívida com a União, o que reduzirá os gastos anuais com pagamento de juros.

    Editoria de Arte/Folhapress

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