A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo investiga, desde outubro do ano passado, a suposta participação de policiais no maior assalto a banco do país –a uma agência do Itaú da avenida Paulista, em agosto de 2011.
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial em Repressão ao Crime Organizado), do Ministério Público, também informou em nota ter uma investigação em andamento. Mas ele não deu detalhes devido ao sigilo nem confirmou se os investigados são policiais.
No assalto, foram arrombados 142 dos 400 cofres da agência e roubados de R$ 250 milhões a R$ 500 milhões em joias, pedras preciosas, canetas e relógios de ouro.
A informação sobre as investigações foi revelada na segunda (15) pelo "Repórter Record" e pela TV Band.
As apurações teriam surgido após as autoridades receberem uma carta anônima de um homem que se identifica como policial civil e se diz interessado em fazer uma delação premiada –por também ter participado do roubo.
O denunciante afirma, na carta, que quatro policiais participaram do crime. Ele menciona os primeiros nomes deles. Nem a Corregedoria da Polícia Civil nem o Gaeco confirmam, porém, estar investigando esses quatro policiais especificamente.
Segundo a carta anônima, três dos policiais que participaram do assalto teriam ficado com R$ 10 milhões cada um. A função deles teria sido a de acobertar o crime.
Ainda segundo a carta, um deles comprou um apartamento de luxo em Miami, nos Estados Unidos, após o roubo à agência do Itaú.
À época, as investigações da polícia descobriram a participação de dois funcionários terceirizados do banco –que foram presos.
Outro homem foi acusado de arquitetar o assalto e condenado, em 2013, a 18 anos e 8 meses de prisão.
Em nota, a Secretaria da Segurança informou que a Corregedoria da Polícia Militar também apurou se houve participação de PMs no caso, mas não encontrou indícios.