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    Rio de Janeiro

    Após protestos, Uerj antecipa recesso de fim de ano por falta de verba

    BRUNA FANTTI
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

    18/12/2014 19h26

    Após protestos por falta de pagamento realizados por funcionários terceirizados que cuidavam da limpeza da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), o reitor da universidade, Ricardo de Castro, decidiu antecipar o recesso de fim de ano "para impedir riscos desnecessários à integridade da instituição", segundo informou em nota oficial divulgada nesta quinta (18).

    Os funcionários da limpeza, que afirmam não receber salários desde outubro, protestaram na terça-feira (16) e, na quarta (17), espalharam lixo na entrada do campus principal, que fica no bairro do Maracanã, na zona norte do Rio.

    Após o incidente, Castro decidiu antecipar o recesso e publicou uma nota oficial no site da universidade, na qual afirmava que o déficit já se encontra em aproximadamente R$ 23 milhões, o que "impede a Uerj de honrar vários compromissos, em especial com empresas terceirizadas de serviços (limpeza, segurança, e outros)".

    Castro relaciona esse déficit no orçamento ao fato do Estado do Rio ter perdido dinheiro com a divisão dos royalties do petróleo. O reitor ressalta, ainda, que não há como resolver o problema na administração de forma urgente.

    Na tarde desta quinta, a nota original do reitor foi substituída por outra, assinada por ele e pelo secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Alexandre VIeira, na qual eles afirmam que "a empresa responsável pela limpeza teve parte de seu débito regularizado e assumiu o compromisso de efetuar imediatamente o pagamento do salário de seus funcionários".

    Também acusam a empresa de interromper "intempestivamente os serviços sem qualquer espécie de comunicação formal à Uerj", e afirmam que ela será "acionada judicialmente pela universidade".

    "Afirmamos que, em curto prazo, teremos esta situação conjuntural e extemporânea resolvida", diz outro trecho da nota.

    Por enquanto, somente os setores chamados imprescindíveis para a universidade, como a administração central, continuarão a funcionar até o próximo dia 22 - data que era prevista no calendário acadêmico para o recesso geral. A reitoria afirmou, ainda, que não há data para o retorno das atividades acadêmicas e que não há previsão para as atividades de limpeza serem normalizadas.

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