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    Crise da água

    Sistema Cantareira fica estável pelo 3° dia, outras represas têm queda

    DE SÃO PAULO

    22/12/2014 10h02

    Pelo terceiro dia consecutivo, o nível do sistema Cantareira permaneceu estável nesta segunda-feira (22). De acordo com a Sabesp, o manancial opera com 6,7% de sua capacidade.

    O Cantareira é responsável pelo atendimento de 6,5 milhões de pessoas na Grande São Paulo e já opera com a segunda cota do volume morto (água do fundo do reservatório que não era contabilizada). Apesar de não ter registrado queda de seu volume, ele continua sem ampliar naturalmente o seu nível de água há mais de oito meses.

    O nível dos demais mananciais baixou pelo menos 0,2 ponto percentual em relação ao dia anterior. O reservatório de Rio Claro foi o que registrou a maior baixa: 0,5 ponto percentual nesta segunda.

    O nível do Alto Tietê, que também está em estado crítico, opera com 10,1% de sua capacidade contra 10,3% do dia anterior. O sistema abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo. Com a adição do volume morto no dia 14 de dezembro, o sistema ganhou volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de SP).

    O nível do reservatório Rio Claro, que atende a 1,5 milhão de pessoas, opera com 25,8% de sua capacidade nesta segunda. Já o reservatório Guarapiranga, que fornece água para 4,9 milhões de pessoas, caiu 0,2 ponto percentual e opera com 35,2% de sua capacidade.

    O sistema Alto de Cotia, que fornece água para 400 mil pessoas, caiu 0,2 ponto percentual e opera com 29,7% de sua capacidade. O reservatório de Rio Grande, que atende a 1,2 milhão de pessoas, opera com 64,2% de sua capacidade.

    TAXA EXTRA

    Em meio à estiagem e com os principais reservatórios sob risco de colapso, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu nesta semana cobrar sobretaxa na conta de água dos "gastões", como o governador paulista chama os que desperdiçam.

    A medida afetaria aqueles que ampliarem o consumo de água em relação à média de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014, mas só valerá depois de uma audiência pública marcada para o final no mês pela Arsesp (agência reguladora estadual de saneamento).

    Pela proposta, quem tiver um aumento de consumo igual ou menor que 20% em relação à média terá acréscimo de 20% na conta. Já os consumidores que gastarem acima de 20% em relação a sua média terão ônus de 50% na conta.

    Editoria de Arte/Folhapress

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