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    Crise da água

    Nível do Cantareira sobe pelo terceiro dia consecutivo

    DE SÃO PAULO

    26/12/2014 09h30

    O nível do sistema Cantareira subiu pelo terceiro dia consecutivo nesta sexta-feira (26).

    De acordo com dados da Sabesp, o reservatório opera com 7,4% de sua capacidade. Na quinta-feira (25), era de 7,2%. Nesta quarta-feira (24), o manancial subiu pela primeira vez passando de 6,7% para 7% de sua capacidade. A última vez na qual a régua do manancial não registrou queda em relação ao dia anterior foi em 16 de abril - há mais de oito meses.

    Desde então, a ampliação ocorreu apenas de forma artificial, por causa do bombeamento das águas do volume morto para as suas represas. O sistema é responsável pelo atendimento de 6,5 milhões de pessoas -no início da crise, eram 8,8 milhões.

    O manancial acumula 140 mm de água, o que representa 63,4% da média histórica para o mês de dezembro, que é de 220,9 mm.

    OUTROS RESERVATÓRIOS

    O nível do Alto Tietê, que também está em estado crítico, subiu 0,3 ponto percentual em relação ao dia anterior e opera com 11,9% de sua capacidade. O sistema abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo. Com a adição do volume morto no dia 14 de dezembro, o sistema ganhou volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de SP).

    O sistema Guarapiranga, que fornece água para 4,9 milhões de pessoas, subiu de 38,9% para 39,9%.

    TAXA EXTRA

    Em meio à estiagem e com os principais reservatórios sob risco de colapso, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu nesta semana cobrar sobretaxa na conta de água dos "gastões", como o governador paulista chama os que desperdiçam.

    A medida afetaria aqueles que ampliarem o consumo de água em relação à média de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014, mas só valerá depois de uma audiência pública marcada para o final no mês pela Arsesp (agência reguladora estadual de saneamento).

    Pela proposta, quem tiver um aumento de consumo igual ou menor que 20% em relação à média terá acréscimo de 20% na conta. Já os consumidores que gastarem acima de 20% em relação a sua média terão ônus de 50% na conta.

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