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    Hotéis ainda contabilizam os prejuízos após temporais do litoral de SP

    JOSÉ MARQUES
    DE ENVIADO ESPECIAL A SÃO SEBASTIÃO

    27/12/2014 02h00

    Bruno Poletti/Folhapress
    Funcionários de pousada em Maresias retiram móveis estragados pela forte chuva
    Funcionários de pousada em Maresias retiram móveis estragados pela forte chuva

    A rodovia Rio-Santos foi parcialmente liberada, o sol enfim apareceu, mas donos de hotéis na praia de Maresias, em São Sebastião (litoral norte de São Paulo), ainda contabilizam prejuízos após as fortes chuvas no município pouco antes do Natal.

    A estimativa da Associação de Hotéis e Pousadas local é de cancelamento de 20% das reservas até janeiro.

    Choveu entre os dias 23 e 24 o esperado para quatro meses, segundo a Defesa Civil. Quedas de barreiras e rachaduras na Rio-Santos prejudicaram o acesso às praias da costa sul do município.

    O trecho entre o km 145 e o km 147, na região da praia de Toque-Toque Pequeno, estava interditado desde o dia 24.

    Nesta sexta (26), por volta de 18h, a estrada foi liberada no esquema pare-e-siga (um sentido é liberado de cada vez). Não há previsão para a liberação total da via.

    Na quarta (24), o prefeito Ernane Primazzi (PSC) chegou a pedir que os turistas esperassem 48 horas para visitar a cidade. Nesta sexta (26), ele afirmou que a situação está normalizada, mas que os visitantes devem ligar para as hospedarias e confirmar se o local não foi danificado.

    Em uma das pousadas que não foram danificadas, a dona reclamava da declaração.

    PREJUÍZO

    "A gente tem três meses para se manter pelo resto do ano e ele dá uma declaração dessas? Não é todo lugar que alagou, o acesso pelas vias alternativas está normal, mas só hoje duas pessoas cancelaram o pacote de Réveillon", disse Diana Stivalli.

    Ela oferece para os hóspedes que pagaram a reserva a possibilidade de ir ao hotel noutra data, exceto Carnaval.

    Na rua da Barra, uma ponte derrubada pela correnteza limitou o acesso. Um morador ergueu uma passagem improvisada com madeira.

    Uma das pousadas, que não chegou a ser alagada, teve reservas canceladas por hóspedes que não querem atravessar a ponte para chegar aos leitos ou deixar os carros em vaga distante.

    "Não posso devolver o dinheiro da reserva, porque já investi em itens para a chegada dos hóspedes. Ofereci um crédito para estadia em outra ocasião", diz Vanessa Correia, 35, dona do lugar. "Nunca vi algo assim acontecer."

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