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    Rio de Janeiro

    TCE-RJ diz que conselheiro não agiu de forma irregular ao contratar personal

    DO RIO

    13/01/2015 13h28

    O TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro) concluiu em sindicância interna divulgada nesta terça-feira (13) que o conselheiro Júlio Lambertson Rabello e a professora de educação física Alessandra Pereira Evangelista que, segundo denúncia feita pelo jornal "O Dia" estava contratada para trabalhar no gabinete dele, mas era, na verdade, sua personal trainer, "não cometeram irregularidade".

    Em nota, a assessoria do TCE afirma que "o assunto é página virada" e "a atitude do conselheiro nunca foi investigada porque apenas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) pode fazer isso" já que ele tem foro especial. O órgão diz que investigou apenas a denúncia de que a professora de educação física não trabalhava no tribunal.

    "Não foram encontrados indícios da irregularidade apontada pela reportagem do jornal O Dia, de que a então servidora Alessandra Pereira Evangelista não trabalhava no TCE, mas recebia salário do tribunal para desenvolver atividade de 'personal trainner' para o conselheiro", afirmou o tribunal, em nota.

    "O presidente do TCE-RJ, Jonas Lopes de Carvalho Junior, acatou sugestão da comissão de sindicância e determinou que os cartões de ponto de todos os servidores, atestados pelas chefias imediatas, sejam datados nos primeiros dias do mês subsequente", destacou.

    A Folha entrou em contato com o STJ para confirmar se o conselheiro é alvo de investigação, mas ainda não obteve retorno.

    A sindicância interna do TCE foi aberta em outubro do ano passado para apurar fraudes no gabinete do conselheiro Júlio Rabello. De acordo com reportagem do jornal "O Dia", a professora de educação física Alessandra Evangelista ­lotada no gabinete dele como cargo em comissão (CC) e com salário de R$ 9.547,68­ atendia como personal trainer ao conselheiro e à mulher dele em casa, no bairro Cosme Velho, zona sul do Rio.

    A reportagem indica ainda que Evangelista não comparecia ao tribunal para trabalhar e fazia outros atendimentos particulares no turno da tarde. Ela servia ao TCE-RJ desde maio de 2010 e foi exonerada pelo presidente da Corte, Jonas Lopes, ainda em outubro, um dia depois de o jornal ter veiculado a primeira reportagem.

    Na época em que as reportagens foram divulgadas, o presidente do TCE-RJ afirmou que "a servidora faltante pode ser condenada a devolver os salários recebidos. O total, se considerados os 53 meses no quadro funcional do órgão recebendo os vencimentos atuais, ficaria em torno de R$ 500.000". O tribunal chegou a informar que o conselheiro Rabello poderia entrar na investigação com Evangelista, mas isso não aconteceu.

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