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    Opositor de Haddad diz que nomear amigos de filho é 'nepotismo indireto'

    DE SÃO PAULO

    14/01/2015 12h14

    O vereador de oposição Gilberto Natalini (PV) disse que a medida do prefeito Fernando Haddad (PT) de nomear três amigos do filho como assessores de gabinete é "nepotismo indireto".

    "Nomear três pessoas que são amigos do filho dele com o argumento de que tem bom currículo é politicamente inviável. É nepotismo indireto, sim", disse Natalini.

    Nesta quarta-feira (14), a coluna de Mônica Bergamo, na Folha, revelou que Haddad nomeou para o seu gabinete três amigos de seu filho, Frederico.

    Alexandre Rebelo Ferreira, André Correia Tredezini e Laio Correia Morais vão receber salário líquido de R$ 3.300 para ocuparem o cargo comissionado de assessor técnico.

    A nomeação, publicada na terça (13), foi assinada pelo secretário Chico Macena (Governo). O ato foi apelidado de "cota do Fred", em referência ao nome do filho do prefeito.

    Zanone Fraissat - 1º.jan.2013/Folhapress
    O filho do prefeito Fernando Haddad (PT), Frederico, durante posse do pai em 2013
    O filho do prefeito Fernando Haddad (PT), Frederico, durante posse do pai em 2013

    Dois dos estudantes se formaram na Faculdade de Direito da USP, onde Frederico concluiu o curso no ano passado. Ferreira e Tredezini chegaram a presidir o Centro Acadêmico 11 de Agosto por uma chapa de "direita". Hoje, os dois têm imagens de Dilma Rousseff em seus perfis no Facebook.

    Em nota, a prefeitura sustenta que a nomeação é parte da "reestruturação e rejuvenescimento de quadros da administração pública".

    Natalini diz que esse é o segundo erro de Haddad no início do ano. "O primeiro foi mudar vários secretários só para acomodar aliados políticos", afirmou.

    Também opositor, Ricardo Young (PPS) é mais ponderado."É precipitado dizer que é nepotismo. Não sei qual é a qualificação das pessoas. O que tem que ser discutido são os critérios. Se eles são coerentes e baseados em currículo, tudo bem. Isso precisa ser avaliado".

    Para o vereador Andrea Matarazzo (PSDB), a nomeação dos jovens não é um problema se eles tiverem boa formação. O tucano, porém, acusa Haddad de inchar a máquina pública.

    "O problema não é esse [nomeação dos amigos de Frederico], mas a criação de 1.400 cargos e essas mudanças [no secretariado] que são somente barganha política"

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