• Cotidiano

    Saturday, 28-Sep-2024 16:05:55 -03

    Rio de Janeiro

    No Rio, PMs envolvidos em morte de estudante se apresentam e são presos

    DO RIO

    15/01/2015 12h46

    Os policiais militares Marcio José Watterlor Alves e Delviro Anderson Moreira Ferreira, envolvidos na morte da estudante Haíssa Vargas Motta, 22, se entregaram na manhã desta quinta-feira (15) ao comando do 41º Batalhão de Irajá, onde trabalhavam na zona norte do Rio, um dia após terem prisão preventiva decretada pela Justiça.

    Em nota, a PM informou que os policiais serão submetidos a exames médicos e encaminhados à Unidade Prisional da PM, o BEP, em Benfica, também na zona norte. Haíssa foi morta a tiros em agosto de 2014 durante operação policial registrada pela câmera do próprio carro da PM. As imagens foram divulgadas no último domingo (11) pela revista "Veja".

    Reprodução
    Câmara do carro mostra PMs descendo para abordar vítima
    Câmera do carro mostra PMs descendo para abordar vítima

    Segundo nota publicada pelo Tribunal de Justiça do Rio, o Ministério Público não pediu a prisão dos policiais, mas o juiz, Glauber Bitencourt Soares da Costa, da 1ª Vara Criminal de Nilópolis (Baixada Fluminense), considerou que o Judiciário deve assegurar às testemunhas a tranquilidade necessária para que compareçam em juízo sem medo.

    "Em que pese ter sido noticiado que os réus foram afastados das funções de policiamento ostensivo, certo é que tal circunstância é insuficiente para assegurar a livre colheita da prova. Na espécie, somente a prisão cautelar é que poderá afastar qualquer temor por parte das testemunhas arroladas pelo órgão acusador", afirmou o magistrado.

    "As imagens, em juízo preliminar de valor, denotam que inúmeros disparos de arma de grosso calibre foram efetuados na direção de um veículo com cinco jovens, conduta que ceifou a vida da jovem Haíssa Vargas Motta e enlutou uma família inteira', acrescenta.

    A Polícia Civil indiciou o soldado Márcio José Watterlor Alves, que atirou em Haíssa, por homicídio doloso, quando há intenção de matar. A Polícia Militar também abriu um inquérito para investigar a conduta dos policiais, que chegaram a ser afastados das ruas. Apesar de todas as evidências, mais de cinco meses depois, a PM diz que o inquérito ainda está em fase de conclusão.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024