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    Renato Alves Bittencourt (1934-2015) - Advogado fã de literatura, música e cinema

    DE SÃO PAULO

    16/01/2015 00h01

    "Mente vazia, morada do diabo", dizia, rindo, o paulistano Renato Alves Bittencourt. Por isso, lia, ouvia música, via filmes, exercitava-se.

    Não raro, abria um raciocínio com "Sonhar o sonho impossível...", trecho de "Dom Quixote", obra de seu escritor favorito, Miguel de Cervantes.

    Era um apaixonado por literatura. E, devido a esse gosto pelas letras, aprendeu inglês, francês, alemão, italiano e russo. Quando começava a estudar, não parava até que pudesse ao menos ter uma conversa na nova língua.

    Costumava ser quase obsessivo em seus estudos. Assim foi ao pesquisar sobre a Segunda Guerra ou quando passou a assistir cinema italiano, fascinado que ficou por "Profumo Di Donna", com Vittorio Gassman.

    No quesito esporte, mostrou-se ativo até os 79 anos. Praticava tênis, religiosamente, três vezes por semana.

    Advogado formado pelo Largo São Francisco, trabalhou em empresas como Votorantim e Itaú Fertilizantes. Foi ainda conselheiro do Liceu de Artes e Ofícios e diretor-superintendente da Fundação Padre Anchieta. Em 1995, ocupou interinamente a presidência da TV Cultura.

    No final da década de 1980, atuou no mercado imobiliário, na região de Sorocaba (SP). Ajudou a criar o Vila Amato, bairro com lotes a preços acessíveis e que dava, por exemplo, orientações de construção para o proprietário não gastar muito na obra.

    O projeto, inovador, venceu o Prêmio Master Imobiliário Ação Social em 2005.

    Morreu no dia 8, aos 80, de insuficiência respiratória. Deixa a viúva, Monica, após 53 anos de casamento, três filhos e quatro netos.

    coluna.obituario@uol.com.br

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