O novo comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Alberto Pinheiro Neto, declarou nesta quinta-feira (15) que recebeu uma corporação com profundos problemas, e pretende reconstruir a instituição.
Pinheiro Neto anunciou o início da implantação de uma Companhia Integrada de Polícia de Proximidade (CIPP), baseada na filosofia das unidades de Polícia Pacificadora (UPP), e futuramente serão instalados batalhões de Polícia de Proximidade (BPP), disse o novo comandante da PM em sua primeira entrevista à imprensa.
"Nós recebemos uma instituição com profundos problemas. Problemas graves, envolvendo questões éticas, morais, administrativas e operacionais. Mas temos um norte, temos um plano estratégico, uma equipe de pessoas muito competentes, oficiais e praças imbuídos de suas funções, e quero dizer que, com as pessoas de bem da Polícia Militar, vamos reconstruir nossa instituição, colocá-la em um patamar adequado para a prestação de serviço da melhor qualidade para a população do nosso estado", declarou.
Perguntado sobre os problemas a que se referia, Pinheiro Neto explicou que "os problemas estão estampados na mídia de modo geral. Problemas de corrupção, fraudes em nosso sistema de saúde, questões dos índices criminais em ascensão. Estamos com problemas e precisamos de mudanças".
A nova companhia vai atender os bairros de Vila Isabel, Grajaú, Andaraí e parte da Tijuca, todos na zona norte, onde já existem UPPs.
Já a partir do Carnaval, 120 policiais especialmente capacitados vão formar a companhia, que ficará subordinada ao 6º Batalhão da PM.
Futuramente, o projeto é transformar todos os batalhões do Rio de Janeiro em unidades de proximidade, nas quais as áreas dos bairros serão atendidas pelos mesmos policiais, que conhecerão os moradores e comerciantes, e se tornarão referências em questões de segurança pública.