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    Rio de Janeiro

    Manifestação contra a tarifa de ônibus complica o trânsito do Rio

    BRUNA FANTTI
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    16/01/2015 20h40

    Cerca de 300 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, fazem uma manifestação, na noite desta sexta-feira (16), no centro do Rio, para pedir a redução das tarifas de ônibus. O grupo começou a passeata na Candelária às 18h e caminhou até a sede da prefeitura.

    A caminhada durou uma hora e 20 minutos e interditou a pista central da Presidente Vargas, sentido praça da Bandeira.

    Além do aumento da passagem, que foi de R$ 3 para R$ 3,40, o grupo pede a liberdade dos manifestantes presos no ano passado acusados de incitarem atos violentos durante protestos.

    Ao chegarem na prefeitura, os manifestantes interditaram a pista da Presidente Vargas, sentido Candelária, por cerca de 40 minutos, o que acarretou um engarrafamento no horário de rush até a praça da Bandeira.

    O estudante Rafael Zangrando, 24, foi uma das pessoas que desceram dos ônibus que ficaram parados no trânsito. "Eu concordo com eles pois é uma maneira de eles serem vistos. Algo tem que ser feito. A passagem é abusiva."

    Outros também viram a passeata como algo positivo. O pipoqueiro Gilson Saraiva, que trabalha no centro há dez anos, diz que "assim que soube que uma manifestação estava vindo para a prefeitura, corri com a minha carrocinha. Chego a faturar R$ 500 em uma hora de manifestação. Os policiais sempre me protegeram de qualquer vandalismo".

    Alguns motoristas que passavam xingavam o grupo, mas outros apoiavam. É o caso de um motorista da linha 345, que não quis dar seu nome com medo de represália da empresa. "Tem que parar tudo mesmo. Parar e, se for o caso, depredar. Sou um escravo que trabalha com dupla função", desabafou, se referindo ao fato de que exerce as funções de motorista e cobrador.

    Um forte aparato policial foi mobilizado para acompanhar o grupo durante o trajeto. A passeata é acompanhada por um helicóptero da Polícia Militar, além de policiais do Batalhão de Choque. Há cerca de 500 policiais no local, segundo a PM. Ainda de acordo com a PM, a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) e a Cinelândia, também no centro, receberam reforço policial pois os manifestantes não divulgaram o trajeto do protesto.

    Após 30 minutos em frente à prefeitura, parte do grupo se dissipou. Outros caminham pela Presidente Vargas.

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