O verão deste ano não chegou nem na metade, mas já mostrou que tem potencial para ficar na história. Durante o final de semana, o calorão chegou aos 36,2ºC, o recorde da estação na capital.

Sem muita chuva, a sensação de abafamento foi grande e fez lotar piscinas e praias. Houve congestionamento nas principais rodovias que ligam São Paulo ao litoral no final da tarde de domingo (18).

De acordo com a meteorologista Fabiene Casamento, da Somar Meteorologia, as temperaturas em São Paulo e no Sudeste devem continuar muito altas nesta semana, com as típicas tempestades de final de tarde.

"Chuva e trégua no calor só a partir do dia 22, com a entrada de uma frente fria. Até lá, temperaturas de até 36ºC e baixa umidade do ar", diz.

No verão de 2014, a maior temperatura registrada em São Paulo foi de 35,4ºC, no dia 2 de janeiro. A média de calor era de 27,3ºC, cinco graus abaixo da média de agora, que está em 32,4ºC.

	Rubens Cavallari/Folhapress
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SECA

O calorão e a estiagem também voltaram a impactar os principais reservatórios da Grande São Paulo.

A Sabesp informou que o sistema Cantareira operava no domingo (18) com 5,9% de sua capacidade, após baixar 0,1 ponto percentual.

O reservatório é responsável pelo atendimento de 6,5 milhões de pessoas e já opera com a segunda cota do volume morto (água do fundo do reservatório que não era contabilizada).

O sistema registra ainda menos chuva nesse início de 2015. A primeira metade de janeiro trouxe cenário ainda mais pessimista do que era projetado por especialistas e governo: a quantidade de chuva nas represas e a vazão dos rios que poderiam socorrê-lo ficaram muito abaixo da média histórica.

A partir de quinta-feira (22), a região onde está o reservatório deverá receber chuvas mais intensas, quando, um bloqueio atmosférico deverá ser rompido e uma frente fria irá avançar.