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    Calor já supera o de janeiro de 2014, o mais quente em São Paulo

    FABRÍCIO LOBEL
    MONIQUE OLIVEIRA
    DE SÃO PAULO

    21/01/2015 02h00

    O calor deste janeiro em São Paulo já está superando o do mesmo mês de 2014, o mais quente já registrado na série histórica de 72 anos do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

    Nos 20 primeiros dias de 2015, a média das temperaturas máximas na cidade chegou a 33,2°C. Nos mesmos dias de 2014, ela foi de 32°C (o mês inteiro fechou em 31,9°C).

    Janeiro de 2015 também já teve 17 dias em que os termômetros superaram os 30°C; no ano passado, foram 15 dias nesse período.

    Nesta terça (20), os termômetros chegaram a 35,6°C em São Paulo. Na segunda (19), a máxima foi de 36,5º, a sexta maior desde 1943.

    Jorge Araujo/Folhapress
    Estudantes na centro esportivo da USP nesta terça, que teve máxima de 35,6°C na cidade
    Estudantes na centro esportivo da USP nesta terça, que teve máxima de 35,6°C na cidade

    Medição feita pela reportagem com um termômetro de ambiente mostrou temperaturas bem acima da oficial em alguns pontos da cidade.

    Os registros mais altos foram nas calçadas do viaduto do Chá (42,3ºC, às 15h20), da rua 25 de Março (41,7ºC, às 13h33) e da avenida Paulista (40,6ºC, às 12h47), todas na região central.

    Dentro de um vagão da linha 1-azul do metrô, a temperatura era de 35,1ºC às 15h04. Às 15h13, a medição apontou 37,5ºC em um ônibus, na avenida Tiradentes (centro).

    O cenário pode mudar um pouco nos próximos dias. Nesta quarta (21), a temperatura deve chegar a 31°C, mas uma frente fria já poderá provocar aumento de instabilidade e chuvas à tarde ou à noite. Na quinta (22), os termômetros não devem superar os 30°C.

    SAÚDE

    O calorão deve aumentar as internações por desidratação no Estado, que teve média de 25 registros graves por dia em 2013, segundo últimos dados consolidados da Secretária Estadual da Saúde.

    A desidratação é causada pela perda de água em decorrência das altas temperaturas.

    "As mucosas nasais ficam mais secas, o cérebro fica mais lento e, na esteira, chegam as dores de cabeça, a confusão mental e as crises respiratórias", diz Francisco Manzon, clínico geral e pneumologista do Hospital das Clínicas.

    Problemas cardíacos também podem ocorrer. "Em alguns pontos, o sangue pode virar pó e formar coágulos que levam à parada cardíaca", afirma Nabil Ghorayeb, cardiologista do esporte.

    A orientação é caprichar na hidratação, evitar exercícios físicos em horários mais quentes (das 10h às 15h) e ingerir comidas mais leves. Também vale redobrar atenção com bebês e idosos.

    Colaborou ISABELA PALHARES, do "Agora"

    Marcelo Pliger/Editoria de Arte/Folhapress
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